Vatican News prestou homenagem ao 60° Aniversário da Revolução Cubana em publicação excluída

O website Vatican News prestou recentemente homenagem a Cuba no 60° aniversário da revolução comunista numa postagem que foi rapidamente apagada, de acordo com relatos.

A nação-ilha comunista marcou a ocasião com celebrações no Ano Novo, enquanto diversos líderes esquerdistas da América Latina tuitaram as suas felicitações.

O presidente tirano socialista da Venezuela, Nicolás Maduro, tuitou: «Comemoramos o aniversário do triunfo da Revolução Cubana liderada pelo Comandante Fidel Castro…»… o Vatican News Service prestou sua própria homenagem…: Cuba celebra 60 anos da Revolução. Alegadamente, lê-se o seguinte na postagem:

O aniversário histórico foi celebrado com uma cerimónia oficial na qual participou o ex-chefe de Estado e líder do Partido Comunista Cubano, Raúl Castro, e o atual presidente da nação, Miguel Díaz-Canel.

A postagem aparentemente foi excluída, mas não antes de alguns leitores chocados capturarem-na.

A página DO VATICANO publicou uma homenagem aos 60 anos da monarquia cubana. Eles apagaram-na dentro de algumas horas, mas somos mais rápidos. João Paulo II se contorce em seu túmulo. pic.twitter.com/nvS2smzilm

— Trava y liberula 🦔💋 (@anarcomenemismo) 2 de Janeiro de 2019

Abaixo, leia um trecho da postagem do Vatican News:

A Revolução Cubana celebrou o seu 60° aniversário em 1° de janeiro de 2019. Na ilha, o aniversário histórico foi celebrado com uma cerimónia em Santiago de Cuba, no cemitério de Santa Ifigênia, onde Fidel Castro está enterrado, o qual morreu em 25 de Novembro de 2016. Para as principais forças nacionais em 10 de Janeiro de 1959, o ditador Fulgêncio Batista escapou de 26 meses de guerrilha liderada pelos irmãos Fidel e Raúl Castro. De Santiago, Fidel Castro proclamou o início da revolução a vitória da contracultura…

Batista foi presidente de Cuba de 1952 a 1959, antes de ser derrubado durante a violenta Revolução Cubana. Fidel Castro transformou a antiga e próspera nação-ilha num sistema comunista de partido único, transformando-a na sociedade empobrecida e fechada que é hoje.

Após a revolução, o novo governo cubano declarou-se oficialmente ateu e nacionalizou todos os bens mantidos por organizações religiosas, incluindo a Igreja Católica. Antes do ataque de Castro à Igreja, mais de 90% dos cubanos eram católicos. Centenas deles, incluindo um bispo, foram permanentemente expulsos da nação.

Escreveu o autor e professor de ciência política Paul Kengor:

O regime iniciou rapidamente uma campanha de propaganda contra os fiéis, descrevendo os católicos como «escória social». Por meados do fim da década de 1960, o Natal foi banido da ilha. Igrejas foram demolidas. Os padres e seus paroquianos foram silenciados, detidos ou colocados sob vigilância rigorosa, com cada palavra de cada serviço ou homilia sendo monitorada por observadores de igreja do governo, que se infiltravam nos bancos da igreja. Qualquer crítica, especialmente ao regime marxista, era extremamente perigosa. Não era possível ser um membro do Partido Comunista em Cuba (o único partido legalmente permitido, inclusive para qualquer trabalho no governo) sem professar uma crença no ateísmo.

Entre 1959 e 1980, estima-se que 500.000 cubanos abandonaram a ilha em direção aos Estados Unidos por razões políticas, religiosas e económicas…

Um dia após o 60° aniversário da revolução cubana, o Papa Francisco recebeu artistas do circo nacional de Cuba em sua primeira audiência papal do ano…

O Vatican News Service não deu nenhuma explicação para a postagem excluída.