«Propostas para um “rito católico amazónico” no Sínodo não surpreendem»

lifesitenews.com

«Não há nada de verdadeiramente inesperado nas propostas que foram apresentadas Segunda-feira durante o segundo dia do Sínodo da Amazónia. Entre essas incluía-se a instituição de novos ministérios para leigos e mulheres, incluindo “a possibilidade de ordenação diaconal para mulheres,” e a criação de um novo rito católico, o “rito amazónico,” que iria provavelmente incluir a ordenação de homens casados e uma “Missa” inculturada da qual os vários rituais realizados nos últimos dias por povos indígenas da Amazónia no Vaticano e ao seu redor poderiam ser um prenúncio.

Todas essas inovações estiveram claramente presentes no Instrumentum laboris…

Mas enquanto que o Instrumentum laboris fez apelos repetidos a uma igreja com face amazónica, esta foi aparentemente a primeira vez que houve um apelo público a um novo rito amazónico dentro da igreja. De facto, esta proposição não esteve presente em nenhuma colectiva de imprensa em diversos idiomas. Este ponto foi reservado ao comunicado espanhol.

O comunicado, que aparentemente não fora publicado online, foi citado por ACIPrensa (o serviço espanhol da Catholic News Agency) e por Religión Digital, um grande serviço de notícias progressista em língua espanhola.

Falando dos “padres (e madres) Sinodais” Jesús Bastante do Religión Digital disse que a proposta de criação de um “rito católico amazónico” foi a “posição de destaque” durante as discussões da tarde de Segunda-feira no salão do Sínodo.

Estes ritos indígenas, segundo a nota do Vaticano, poderiam ser instituídos ad experimentum, isto é, teoricamente durante um período de tempo determinado de modo a testar a sua utilidade. “A Igreja considera com benevolência tudo aquilo que não é ligado a superstições, para que se possa harmonizar com o verdadeiro espírito litúrgico,” explicou a nota.

“Daqui, a sugestão de iniciar na Amazônia um processo de compartilha das experiências daquelas comunidades indígenas que têm celebrações inculturadas para alguns sacramentos, como o batismo, o matrimônio ou a ordenação sacerdotal (…) uma das propostas feitas foi pensar em estabelecer – ad experimentum e segundo o justo discernimento teológico, litúrgico e pastoral – um rito amazônico católico para viver e celebrar a fé em Cristo,” segundo a nota citada por ACIPrensa.

“Fundamentalmente, foi ressaltado na Aula, assim como existe um ecossistema ambiental, existe também um ecossistema eclesial.”

Como seria um rito amazónico? A cerimónia de plantar um carvalho nos jardins do Vaticano Sexta-feira passada sob os auspícios do Papa Francisco e no contexto de um ritual indígena à Mãe Terra facilmente identificável fornece uma série de indicações.

O papel principal foi realizado por uma mulher – um ponto importante – a elevar as suas mãos em oração diante de um manto no qual foram postos utensílios amazónicos, incluindo duas estátuas de mulheres grávidas nuas, uma das quais é agora referida por alguns jornalistas em Roma como “Nossa Senhora da Amazónia” por aparecer frequentemente em igrejas onde Missas ligadas ao sínodo estão a ser celebradas, inclusive na basílica de São Pedro.

Durante o ritual nos jardins do Vaticano, os participantes prostraram-se diante de um manto e de figurinos.

Eles repetiram o procedimento em Santa Maria em Traspontina, na parte inferior da Via della Conciliazione que vai até São Pedro, neste mesmo dia, cercando o mesmo manto com oferendas simbólicas (à Mãe Terra?) durante a vigília de oração com vista ao Sínodo. O evento contou com uma mulher a realizar uma dança descalça munida do que parece ser um Novo Testamento, na nave da igreja, na presença de padres e religiosos.

O que há de especialmente preocupante nestes eventos obviamente religiosos é que não são cerimónias pagãs puras – o que já seria mal o suficiente – mas o serem incluídos elementos cristãos, tais como orações a Cristo e sinais da cruz, criando um rito sincretista pseudo-católico que é orientado, não a Nosso Senhor, mas a artefactos pagãos…»