^
^
Fátima | Calendário Católico | Por que o Inferno tem de ser eterno | O Anticristo Identificado! | Loja Online | A Bíblia Ensina o Papado | Os «magos» provam a existência de um mundo espiritual | Surpreendente Evidência de Deus | Notícias |
As Heresias do Vaticano II | Passos de Conversão | Fora da Igreja Não Há Salvação | Respostas Católicas | O Santo Rosário | Padre Pio | Antipapas Francisco, Bento XVI, JPII, etc. | Ajude a salvar almas: Doar |
A sessão expirou
Por favor reinicie a sessão. A página de início de sessão vai abrir numa nova janela. Depois de iniciar a sessão pode fechá-la e voltar a esta página.
Justificação pela Fé Somente e Segurança Eterna Refutadas pela Bíblia
por Ir. Pedro Dimond, O.S.B.
www.igrejacatolica.orgA grande maioria dos protestantes crêem que a Bíblia ensina que as pessoas são justificadas (postas num estado em que serão salvas) pela fé somente em Jesus – isto é, separada da consideração das suas acções, obras ou pecados. Muitos deles também crêem que “uma vez salvo, sempre salvo,” isto é, crêem na segurança eterna: a ideia de que um homem que crê em Jesus não pode perder a sua salvação eterna. Estas ideias são falsas e completamente contrárias ao ensinamento da Bíblia. Analisemos a prova. Depois disso, responderei a objecções.
Quase todas as citações desta secção são da tradução Almeida Corrigida Fiel da Bíblia, uma famosa tradução protestante.
JESUS DIZ QUE OS HOMENS TÊM DE CORTAR RADICALMENTE COM OCASIÕES DE PECADO PARA QUE EVITEM O INFERNO; NÃO DIZ QUE BASTA CRER
Em Mateus capítulo 5, encontramos uma parábola sobre cortar a própria mão ou o próprio olho para evitar o Inferno.
Esta parábola, que obviamente se refere a cortar as ocasiões de pecado — situações na vida que levam as pessoas a cometer ofensas contra Deus — só tem sentido se os pecados e obras têm um papel em determinar se um indivíduo irá alcançar a salvação. Ao cortar com as ocasiões pecaminosas e as más obras, a pessoa salvará a sua alma. Os pecados e obras do homem, portanto, são uma parte da sua justificação. Se um homem fosse justificado pela fé somente, esta parábola não faria o menor sentido.
NEM TODOS OS QUE DIZEM “SENHOR, SENHOR” ENTRAM NO CÉU, MAS AQUELE QUE FAZ A VONTADE DE DEUS
Aqui vemos que aquele que “faz” a vontade de Deus entrará no Céu; não todos os que consideram Jesus como Senhor. Depois disso, Jesus enfatiza o ponto dizendo que devemos fazer o que Ele diz para sermos d'Ele.
É preciso ser mais claro que isso? Ao ouvirmos as Suas palavras, as cumprimos ou não? É disto que se trata. Não é por fé somente.
É NECESSÁRIO PERSEVERAR ATÉ AO FIM PARA SER SALVO
Isto contradiz totalmente a visão protestante de “uma vez salvo, sempre salvo.” Confira também Marcos 13:13 onde encontrará a mesma mensagem.
SÃO PAULO DIZ QUE PODERIA SER REPROVADO
São Paulo diz que teme poder tornar-se um “reprovado.” A palavra “reprovado” (em 1 Cor. 9:27) é traduzida da palavra grega adokimos. Adokimos é traduzida como “reprovado” em 2 Timóteo 3:8 e em Romanos 1:28. Descreve almas perdidas, pessoas que pecam mortalmente, apóstatas, e aqueles que estão fora do estado de justificação e/ou fora da fé de Jesus.
Em 2 Timóteo 3:8, é usada para descrever pessoas malignas que “resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé.”(Versão Almeida Fiel) Estas não são, obviamente, pessoas que estão no estado de justificação ou a caminho do Céu.
Em Romanos 1:28, a palavra adokimos é utilizada para descrever pessoas que entregaram-se a pecados abomináveis — uma vez mais, pessoas que não estão no caminho para o Céu. Adokimos também é encontrada em outras passagens, inclusive em Tito 1:16, Hebreus 6:8 e em outros lugares. Em cada caso, refere-se a pessoas que não estão no caminho para o Céu, mas fora do estado de justificação e/ou da verdadeira fé.
Ao declarar que ele poderia tornar-se um reprovado ou um réprobo (adokimos), não restam dúvidas de que São Paulo está a dizer que poderia perder a sua salvação e ser condenado juntamente com os outros réprobos. Era São Paulo um verdadeiro crente que fora justificado? Claro que era. A Bíblia portanto ensina que verdadeiros crentes não estão seguros da sua salvação. Esta passagem refuta completamente a ideia de segurança eterna ou “uma vez salvo, sempre salvo.”
AQUELES QUE PECAM MORTALMENTE, INCLUSIVE FORNICADORES, BÊBADOS, ADÚLTEROS, ETC., NÃO HERDARÃO O CÉU
Antes de seguir adiante, convém assinalar que, segundo São Tomás de Aquino, o pecado da “impureza” ou “efeminação” (que exclui uma pessoa do Céu, de acordo com os versículos acima) é o pecado da masturbação (Summa Theologiæ, Pt II-II, Q. 154, A. 11.).
Estas passagens apresentam um grande problema para aqueles que crêem em justificação pela fé somente e/ou segurança eterna. A Bíblia ensina que pecados mortais (pecados graves) destroem o estado de justificação. Ensina que pecados graves põem uma pessoa num estado em que irão ser excluídas do Reino de Deus. Isto coincide com o ensinamento católico de que um crente pode perder o seu estado de justificação e ser condenado se ele ou ela cometem pecado mortal (por exemplo, fornicação, embriaguez, ver pornografia, etc.) e morrem nesse estado.
Ora, à luz destas passagens, os protestantes têm um problema. Se todos os que cometem pecados mortais perdem a sua justificação, os protestantes que crêem na ideia de salvação pela fé somente teriam de dizer que nenhum verdadeiro crente comete pecado mortal. Esta resposta, no entanto, não funciona como veremos. Há milhões de supostos “cristãos” que dizem terem sido “salvos” pela fé em Jesus. Um incontável número destes embebedam-se, fornicam, trapaceiam, roubam, etc. Por outras palavras, eles cometem claros pecados mortais que, de acordo com o ensinamento da Bíblia, destroem o estado de justificação.
Uma vez que a Bíblia diz claramente que pecados mortais destroem a justificação, os protestantes que crêem em salvação pela fé somente são forçados a argumentar que todos aqueles “crentes” que cometem pecados mortais não são verdadeiros crentes. Têm de admitir que a “garantia” da justificação/salvação que essas pessoas pensavam ter pela “fé somente” era uma ilusão, um engano. Elas não tinham realmente a verdadeira fé “salvífica,” de acordo com eles, apesar de pensarem o contrário.
No entanto, esta resposta — de que um “VERDADEIRO” crente não pode cometer os pecados mortais que a Bíblia afirma excluírem da salvação — é refutada no versículo seguinte, como veremos. Este prova que as pessoas que tinham definitivamente a verdadeira fé “salvífica” e estavam justificadas eram também elas capazes de cometer tais pecados. Se os cometessem, perderiam a sua justificação.
EFÉSIOS 5:5-8 PROVA QUE É POSSÍVEL A UM VERDADEIRO CRENTE COMETER PECADOS MORTAIS E PERDER A SUA SALVAÇÃO POR TAIS PECADOS — ISTO DEMOLE A IDEIA DE JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ SOMENTE E SEGURANÇA ETERNA
Trata-se de uma passagem fascinante.
São Paulo primeiro menciona um série de pecados mortais, e afirma que aqueles que fazem tais coisas não herdarão o Reino de Deus. Vimos isto acima com as passagens de Gálatas 5, e 1 Coríntios 6:9. Como já foi dito, a resposta protestante comum (e única possível) a isto é que nenhum verdadeiro crente poderia cometer tais pecados que destroem o estado de justificação.
Ora, a passagem acima citada ensina claramente que os crentes justificados podem cometer tais pecados. Em Efésios 5:7, São Paulo admoesta-os: “não sejais seus companheiros”! Portanto, o crente pode tornar-se companheiro daqueles que cometem pecado mortal! E se há alguma dúvida de que ele está a incluir crentes autênticos na sua admoestação, ele refere-se a estes como os que agora são “luz no Senhor” (verdadeiros crentes).
Portanto, aqueles que são “luz no Senhor” poderiam tornar-se “parceiros” dos que pecam mortalmente e partilhar dos pecados mortais que destroem a justificação. Isto sem dúvida alguma refuta a justificação pela fé somente e “uma vez salvo, sempre salvo.” Ninguém vos engane com palavras vãs tais como “justificação pela fé somente”!
HOMENS PODEM SEGUIR O CAMINHO DE JESUS E POSTERIORMENTE VOLTAR ATRÁS E SEREM VENCIDOS
Este versículo indica que pessoas justificadas podem perder a justificação pelos pecados. É uma prova clara do ensinamento católico sobre a justificação. Alguns poderão tentar argumentar que Ele está simplesmente a falar aqui de pessoas que ouviram o Evangelho, não daqueles que realmente creram. Este argumento não funciona. O versículo diz que estas pessoas conheceram “o caminho da justiça” e fugiram “das corrupções do mundo.” Uma pessoa não escapa das corrupções do mundo simplesmente por ouvir o Evangelho. A sua linguagem descreve alguém que está a percorrer o caminho do justificado e que depois volta atrás. É por isso que 2 Pedro 2:23 compara este homem a uma porca que foi lavada (isto é, justificada) e que depois volta para o lamaçal! É por isso também que, mais no início do mesmo capítulo, é feita uma referência aos anjos que pecaram e perderam a sua justificação. São Pedro estava realmente a salientar este ponto.
OS ANJOS, QUE ERAM JUSTIFICADOS, PERDERAM A SUA JUSTIFICAÇÃO PELO PECADO
Os anjos foram criados em estado de justificação; mas alguns pecaram mortalmente, perderam a sua justificação, e foram lançados ao Inferno. Esta passagem contradiz completamente a visão protestante de justificação.
DEUS É O AUTOR DA SALVAÇÃO ETERNA PARA AQUELES QUE “OBEDECEM” A ELE
Não é por fé somente.
CRENTES PODEM CAIR — PONTO FINAL!
Esta passagem demonstra claramente que indivíduos crentes, que “foram feitos participantes do Espírito Santo,” podem cair do estado de justificação. A referência a ser “impossível” a tais pessoas serem renovadas novamente àquele estado, refere-se à graça original do Baptismo, pelo qual foram primeiramente lavados do pecado. Não podem ser baptizados novamente, mas até pecados graves podem ser perdoados em confissão (João 20:23). Esta passagem destrói — demole totalmente — a teologia protestante “uma vez salvo, sempre salvo.”
CRENTES PODEM CONDENAR-SE PELOS SEUS PECADOS APÓS TEREM O CONHECIMENTO DA VERDADE — ISTO REFUTA A IDEIA DE SALVAÇÃO POR FÉ SOMENTE!
No mesmo livro e no mesmo tom da admoestação citada anteriormente (Hebreus 6:4-6), esta passagem diz que aqueles que têm a fé — São Paulo fala de “nós” — podem perder a salvação como resultado dos seus pecados voluntários.
SEM SANTIDADE, NENHUM HOMEM VERÁ O SENHOR
Este versículo ensina que a justificação necessária à salvação é uma santificação: uma verdadeira santidade possuída pela pessoa. Não é a justiça de Cristo a ser imputada (isto é, aplicada) a uma pessoa, apesar de manter-se interiormente maligna – como afirmam os protestantes.
Ao explicar a visão protestante de um homem justificado, Martinho Lutero disse que um homem justificado é como um monte de estrume coberto de neve. O homem mantém-se pecador e iníquo por dentro; mas, a partir do momento em que crê, a justiça de Cristo é-lhe aplicada como se fosse uma cobertura ou manto. Isto permite a um homem iníquo e indecente ser salvo, segundo a doutrina protestante. Ele pode ser salvo, apesar de não possuir em si mesmo a santidade, mas mantém-se um antro de pecado por dentro.
Podemos ver como esta visão contradiz o ensinamento da Bíblia; que um homem justificado é real e verdadeiramente santo pela graça de Deus. Ele é santificado e transformado interiormente; ele tem de possuir esta santidade interior para ver o Senhor.
É necessário apontar também o facto de que o que Deus diz, acontece. Se Ele pronunciar alguém justo, é porque esta pessoa é verdadeiramente justa, não ficticiamente justa ou coberta.
A PARÁBOLA DO SEMEADOR — UM HOMEM PODE CRER DURANTE UM CERTO PERÍODO E DEPOIS CAIR
Aqui vemos que um homem pode crer por “pouca duração” e depois cair. As versões desta parábola em Marcos e em Lucas faz sobressair o ponto com ainda mais clareza:
Jesus diz claramente em Lucas 8:13 que estas pessoas crêem “até certo tempo.” Alguns protestantes dirão que isto refere-se a pessoas que não crêem verdadeiramente.
Não se pode dizer isso, pois é o próprio Jesus quem diz que estes creram por um tempo. Toda esta parábola refuta a — e não faz qualquer sentido na — falsa visão protestante de justificação. Não somente ensina-nos que podemos crer e depois cair, mas que pecados, tentações, preocupações mundanas, esforços para superar o mundo e as suas armadilhas e cuidados (Mt. 13:22), fazem todos parte da própria justificação. Trata-se de uma notável confirmação do ensinamento católico sobre justificação, e uma espantosa refutação da posição protestante.
Os que produzem frutos de vida eterna são aqueles que ouvem a palavra e a “conservam” ou a praticam.
A PARÁBOLA DOS TALENTOS: SE NÃO PRODUZIRES COISAS PARA DEUS, SERÁS CONDENADO — PERANTE ISTO, O QUE DIZER DE JUSTIFICAÇÃO PELA “FÉ SOMENTE”?
A Parábola dos Talentos refuta completamente a visão protestante de justificação pela fé somente.
Nesta parábola, vemos que a pessoa é condenada pela preguiça, pela indolência e por falhar em fazer coisas com os talentos que recebeu. Ele foi condenado porque não trabalhou com os seus talentos para ganhar mais talentos! Esta parábola contradiz completamente a justificação pela fé somente. O que é extremamente interessante acerca disto é que esta parábola diz que o Senhor “colhe onde não plantou.” Por outras palavras, o Senhor espera de nós que façamos e produzamos as nossas próprias obras, feitas pela Sua graça. Se não cooperarmos com a Sua graça para produzir tais obras — e não formos capazes de apresentar tais obras sobrenaturais perante Ele no Juízo — seremos lançado ao Inferno. Esta parábola confirma o ensinamento católico sobre as obras, enquanto refuta completamente as visões protestantes.
JESUS DARÁ A CADA UM SEGUNDO AS SUAS OBRAS
Vemos o mesmo ensinamento na Epístola aos Romanos e no Livro da Revelação (o Apocalipse).
JESUS LANÇARÁ AO INFERNO AQUELES QUE COMETEM INIQÜIDADE
Deus condenará pessoas ao Inferno se cometerem iniqüidade.
CADA PESSOA RECEBERÁ A RECOMPENSA OU PUNIÇÃO BASEADO NAQUILO QUE ELE OU ELA FEZ POR MEIO DO CORPO
Lemos que uma pessoa tem de esforçar-se por agradar a Cristo. Além disso, vemos que os homens receberão no próximo mundo a recompensa ou a punição baseada naquilo que fizeram por meio do corpo, “ou bem, ou mal.” As coisas que um homem fez (os seus actos) são vistas como parte integral da sua salvação ou condenação.
UM HOMEM PODE TER TODA A FÉ E NÃO LHE SERVIR DE NADA
Segundo a doutrina protestante, a fé somente confere salvação. Portanto, uma pessoa que tem uma fé capaz de mover montanhas seria necessariamente salva. Mas a Bíblia ensina outra coisa: uma pessoa pode ter toda a fé e ainda assim não lhe servir de nada. Justificação não é pela fé somente.
O QUE DEVEMOS FAZER PARA SERMOS SALVOS? JESUS DIZ “GUARDE OS MANDAMENTOS” E NÃO SOMENTE “CREIA”
Em resposta à pergunta sobre o que devemos fazer para sermos salvos, Jesus responde que temos de guardar os mandamentos e segui-lo.
UM HOMEM RICO DIFICILMENTE ENTRARÁ NO REINO DOS CÉUS
Aqui vemos que as coisas que uma pessoa faz com o seu dinheiro também afetam a sua salvação.
JESUS DIZ: VIGIAI, NÃO VÁ DE ACONTECER DE ELE VIR QUANDO NÃO ESTÁS A FAZER O QUE DEVERIAS E A COMETER PECADO
Esta versão da parábola no Evangelho de Lucas expõe a necessidade de obras e em fazer coisas para a salvação com ainda mais clareza:
Eis aqui outra passagem pertinente quanto a este ponto em Lucas 21:
Nesta interessante passagem vemos que uma falha em fazer coisas — uma falha em evitar tais pecados como glutonaria (gula) e embriaguez — pode custar a salvação. Isto demonstra-nos novamente o porquê de a ideia de justificação pela fé somente ser completamente contrária e alheia ao verdadeiro Evangelho.
AQUELE QUE SALVA A SUA VIDA PERDÊ-LA-Á
Vemos que o que uma pessoa FAZ, em abandonar coisas pecaminosas que o mundo oferece nesta vida, determinará se essa pessoa terá salvação. Fica óbvio que não é pela fé somente.
TENS DE CARREGAR A TUA CRUZ PARA SERES SEU DISCÍPULO
A salvação não é alcançada por fé somente em Jesus, mas pela fé juntamente com o carregar da cruz e o priorizar tudo o que possuímos, fazendo da salvação na religião de Jesus Cristo a maior das prioridades.
OS HOMENS PRECISAM GUARDAR A PALAVRA DE JESUS PARA NÃO VEREM A MORTE
Aqueles que guardam a Sua palavra, e não somente crêem, não verão a morte.
SÓ AQUELES QUE PERDOAM SÃO PERDOADOS
Uma pessoa só é perdoada se perdoar. Não é por fé somente.
OS HOMENS SÃO CONDENADOS PELAS SUAS PALAVRAS, NÃO DEPENDENDO SOMENTE SE CRÊEM OU NÃO
Mas os protestantes não tinham dito que a justificação é pela fé somente? Erram pois as tuas palavras, acções, obras, irão justificar-te ou condenar-te, juntamente com o facto de creres ou não. Os homens sempre irão ter de dar contar de todas as suas acções e palavras no Dia do Juízo. Uma parábola similar aparece em Lucas 19.
SIMÃO MAGO CREU E DEPOIS CAIU
Em Actos 8, lemos sobre Simão Mago.
Mas alguns versículos a frente, descobrimos que ele caiu em pecado grave:
FÉLIX FICOU ATEMORIZADO QUANDO PAULO PREGOU-LHE O EVANGELHO E A CASTIDADE, OBVIAMENTE PORQUE É NECESSÁRIO EVITAR A IMPUREZA PARA SERMOS SALVOS
Em Actos 24, encontramos outra passagem relevante a este tópico.
Na versão católica deste versículo lê-se:
Félix ficou atemorizado quando São Paulo falou acerca do ensinamento do Evangelho sobre a castidade, obviamente porque Paulo informou-lhe que os pecados relacionados à castidade excluem uma pessoa do Céu. Se Paulo tivesse pregado o falso evangelho da justificação pela fé somente, Félix não teria ficado aterrorizado.
OPERAI A VOSSA SALVAÇÃO COM TEMOR E TREMOR
Operai a salvação com “temor e tremor,” obviamente porque um homem pode perder a salvação a qualquer momento por pecados graves.
A EPÍSTOLA AOS ROMANOS INDICA CLARAMENTE QUE AS OBRAS FAZEM PARTE DA JUSTIFICAÇÃO E DA SALVAÇÃO
*PARA UMA REFUTAÇÃO DA OBJECÇÃO ACERCA DE ROMANOS 3:28 E DO TERMO “OBRAS DA LEI” — UM EQUÍVOCO COMUM PROTESTANTE — CONFIRA A RESPOSTA A ESTA OBJECÇÃO NO FIM DESTA SECÇÃO
A teologia protestante, a qual afirma que uma pessoa é justificada pela fé somente, é contradita perto do início da Epístola aos Romanos pela discussão de Paulo no capítulo 2 sobre como as pessoas serão condenadas pelo que fazem. É contradita também quando Paulo diz em Romanos que Deus recompensará cada um segundo as suas OBRAS, e que a vida eterna é para aqueles que fazem o bem.
É muito interessante que estas passagens apareçam no início da Epístola aos Romanos. Este foi o modo do qual serviu-Se Deus para remover a possibilidade de qualquer mal-entendido acerca da necessidade de fazer coisas e evitar pecados para salvar-se que possam surgir de falsas interpretações heréticas de passagens posteriores, as quais foram escritas para enfatizar que o homem não é justificado pelas obras da Antiga Lei.
De que coisas está ele a falar? No fim do capítulo, ele dá uma lista de pecados mortais, inclusive fornicação, ganância, malícia, etc.
Ele recompensará a cada homem segundo as suas obras ou actos, não com base na fé somente. São Paulo continua:
A VIDA ETERNA É PARA OS CRENTES QUE PERSEVERAM EM FAZER O BEM
A MORTE ETERNA É PARA AQUELES QUE NÃO OBEDECEM A VERDADE E FAZEM O MAL
A vida eterna é dada àqueles que realmente crêem e fazem o que é bom. A morte eterna é para todos os homens, inclusive crentes, que praticam o mal ou cometem pecados graves e morrem nesse estado. Não é pela fé somente.
O ESPIRITO SANTO É DERRAMADO NO CORAÇÃO DO JUSTIFICADO: JUSTIFICAÇÃO INTERIOR
Vemos aqui que, para aqueles que estão justificados, o amor de Deus é derramado nos seus corações. Eis a visão católica da justificação: que o justificado é verdadeira e interiormente santificado.
SE O CRENTE VIVER SEGUNDO A CARNE, MORRERÁ ETERNAMENTE
Ao dirigir-se aos “irmãos,” isto é, crentes, ele diz que se cometerem pecados graves da carne morrerão eternamente: serão condenados. Isto contradiz totalmente “justificação pela fé somente,” “uma vez salvo, sempre salvo,” etc.
OS CRENTES QUE NÃO PERMANECEREM NA BENIGNIDADE, SERÃO CORTADOS
Em Romanos, capítulo 11, vemos um versículo que devasta a teologia protestante.
Romanos 11 fala claramente de judeus a serem cortados por causa de descrença. E depois no versículo 22, São Paulo diz que cristãos crentes serão também cortados ao menos que continuem na bondade. Isto destrói as ideias de justificação pela fé somente e uma vez salvo, sempre salvo.
UM CRENTE QUE CONSOME A EUCARISTIA INDIGNAMENTE, COME E BEBE CONDENAÇÃO PARA SI PRÓPRIO
São Paulo diz que aqueles que comem a Eucaristia indignamente são culpados de grave pecado contra o corpo e sangue do Senhor. Bebem condenação para si mesmos. Ele está a falar de crentes, obviamente, como ele deixa claro em 1 Cor. 5:12. Isto é claro também à luz do facto de que somente crentes podem receber a Eucaristia. Obviamente, portanto, crentes podem condenar-se por pecados graves, tais como uma recepção sacrílega da Eucaristia. Esta passagem refuta a ideia protestante de justificação pela fé somente e confirma o ensinamento católico.
1 COR. 7 DESTRÓI A JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ SOMENTE, AO ENSINAR QUE PARA CERTOS CRENTES É MELHOR CASAREM-SE DO QUE QUEIMAREM
São Paulo deixa claro em 1 Coríntios que ele está a falar sobre problemas que podem suceder àqueles que estão dentro da Igreja.
Isto torna-se deveras significativo no capítulo 7.
Há uma série de coisas extremamente significativas nesta passagem. Em primeiro lugar, vemos o claro e constante ensinamento de que o estado celibatário é superior ao estado matrimonial. Isto confirma o ensinamento católico. A Igreja Católica ensina que o estado matrimonial não é um estado mal, mas um estado inferior ao estado celibatário. Jesus ensina a mesma coisa em Mateus 19:12, mas diz que nem todos são capazes de fazer um compromisso de toda a sua vida a Deus. É por razão deste ensinamento bíblico sobre o celibato que os religiosos e padres do Rito Romano fazem voto de celibato.
Agora, voltemos ao ponto principal sobre a ideia de justificação pela fé somente. Nós acabámos de estabelecer que, em 1 Coríntios 5:12, São Paulo deixa bastante claro que ele está a falar para crentes. Dirigindo-se a crentes, São Paulo diz que “é melhor casar do que abrasar-se [queimar-se]” (1 Cor. 7:9). Isto indica claramente que até verdadeiros crentes que caem em pecados graves podem perder a sua justificação e queimar no Inferno. Ele está a dizer-lhes que é melhor casarem do que queimarem, obviamente porque alguns cairiam em pecados mortais da carne se não se casassem. Isto refuta completamente a religião protestante e confirma o ensinamento católico sobre a justificação.
SANTIFICAÇÃO E JUSTIFICAÇÃO ACONTECEM AO MESMO TEMPO
Este versículo emprega o termo “santificado” ao falar daqueles que foram justificados antes de mencionar que foram justificados. Isto prova que a santificação e a justificação acontecem ao mesmo tempo. Isto contradiz a visão protestante da justificação, que afirma que a justificação e a santificação não são uma e a mesma coisa. Protestantes defendem que uma pessoa é declarada justificada, mas permanece não-santificada interiormente.
O CÉU É SOMENTE PARA CRENTES QUE “VENCEM”
A Bíblia diz que somente aqueles que vencem irão para o Céu. A passagem é acerca de crentes, como fica claro no capítulo 2, versículo 10. Portanto, é falso dizer que todos os que crêem necessariamente vencem. Isto refuta justificação pela fé somente.
Este tema é repetido inúmeras vezes neste capítulo.
DEVEMOS MANTER AS OBRAS DE JESUS “ATÉ AO FIM”
Esta passagem fala por si mesma. Refuta completamente a visão protestante.
AQUELE QUE CRÊ PRECISA “GUARDAR O QUE TEM” PARA QUE NÃO PERCA A SUA COROA
Em Revelação, capítulos 13 e 14, lemos acerca da marca da besta e que aqueles que a recebem não serão salvos. Isto também demonstra que aquilo que fazes determina se serás salvo ou condenado.
OS MORTOS SÃO JULGADOS SEGUNDO AS SUAS OBRAS
Em Revelação capítulo 20, lemos sobre o Juízo Final.
Esta passagem constitui prova absoluta de que a visão protestante sobre a justificação não é bíblica.
Este é apenas mais um versículo que demonstra que o que tu fazes pode excluir-te da salvação.
AO HOMEM RECTO OU JUSTO É DIFÍCIL SER SALVO
Esta passagem diz que é difícil ao “justo” ser salvo. Não há dúvida que São Pedro está a falar de um homem justificado que pertence à Igreja, porque fala aqui do julgamento a começar pela “casa de Deus,” que é a Igreja.
Há duas maneiras de entender esta passagem, e ambas contradizem as ideias de justificação pela fé somente e de segurança eterna. A primeira é que, na Igreja, são escassos, ou raros, os justos que serão salvos; porque a maioria daqueles que durante um período foram justificados caem e não perseveram até ao fim. Eles tornam-se (graves) pecadores. Isto coincide com o entendimento católico tradicional de que até a maioria dos católicos perdem-se porque não se interessam o suficiente ou não fazem o que precisam fazer para serem salvos. Portanto, perdem a sua justificação num determinado momento e morrem em estado de pecado mortal.
A única outra interpretação que poderia ser trazida à discussão seria que “difícil” significa, neste contexto, a custo: que o homem justo é salvo arduamente. Isto é, o homem justificado tem de fazer um grande esforço para salvar-se; não lhe é garantida a sua salvação pela fé somente ou por um decreto definitivo assim que ele crê.
UMA MULHER É SALVA POR DAR À LUZ FILHOS, SE PERMANECER NA FÉ
Isto oblitera a visão protestante da justificação e salvação. Indica que pessoas que têm a fé podem perdê-la, e que têm de continuar na santidade para serem salvas. Não é de maneira alguma surpreendente que um protestante que se aventurou a responder a este versículo num debate sobre a justificação tenha ficado sem qualquer resposta. O indivíduo simplesmente disse que é “bastante misterioso.”
PELA GRAÇA DE DEUS, TE SALVARÁS POR FAZER COISAS
Aqui vemos que uma pessoa deve continuar na fé para ser salvo. Uma pessoa, portanto, pode perder a sua fé. Lemos também que é em fazer coisas que somos salvos!
Este versículo é deveras importante porque os protestantes — que pregam a falsa doutrina da justificação pela fé somente — gostam de contrastar as visões católica e protestante nestes termos: Na visão protestante [dizem eles] tudo baseia-se no facto de que é Jesus quem salva o homem e é o autor de toda a obra de salvação; mas na visão católica é o homem que faz a obra e que salva a si mesmo. É óbvio que a visão católica não consiste em atribuir ao homem a própria salvação; consiste em reconhecer que Jesus salva o homem ao tornar-lhe a salvação possível. Sem Jesus, a pessoa não pode fazer nada. No entanto, ela tem de cooperar com a graça divina. Se esta pessoa cooperar e tirar proveito da salvação que Jesus tornou possível, e fizer as coisas que Deus requer, então salvará a si própria.
No versículo acima, vemos que a Bíblia ensina a visão católica; não é tudo Jesus sem a cooperação do homem. Ao invés, as obras e actos do homem (isto é, o que o homem faz) determinam claramente se ele — e outros — terão salvação. Protestantes que aderem à doutrina da “fé somente” teriam de condenar o versículo acima como herético.
SÃO PAULO REGOZIJA-SE POR TER MANTIDO A FÉ, OBVIAMENTE PORQUE CRENTES PODEM PERDÊ-LA
ALEXANDRE, O LATOEIRO, SERÁ RECOMPENSADO SEGUNDO AS SUA OBRAS
É NECESSÁRIO AGUENTAR E RESISTIR A TENTAÇÕES PARA GANHAR A COROA DA VIDA
A Bíblia diz que é necessário resistir a tentações até ao fim para ter a vida eterna.
PECADOS DA LUXÚRIA TRAZEM MORTE ETERNA — PORTANTO NÃO É POR FÉ SOMENTE
Note aqui que se uma pessoa consente no pecado da luxúria, isto lhe trará morte. Ele está claramente a falar de morte eterna (condenação). Isto significa que o homem não é justificado pela fé somente. O segundo capítulo da epístola de Tiago verdadeiramente oblitera a ideia protestante de justificação pela fé somente e “uma vez salvo, sempre salvo.”
Martinho Lutero chamou a epístola de Tiago “uma epístola de palha” e queria removê-la da sua versão da Bíblia, até que os seus amigos persuadiram-no de que isso seria uma decisão demasiado radical. Os versículos seguintes, que rejeitam a justificação pela fé somente, constituem o porquê de Lutero ter criticado este livro da Bíblia.
Este é o único lugar em toda a Bíblia em que as palavras “fé” e “somente” (ou “só”) aparecem juntas. A Bíblia diz que O HOMEM NÃO É JUSTIFICADO PELA FÉ SOMENTE, MAS PELAS OBRAS!
OBJECÇÕES:
O QUE DIZER DAS PASSAGENS QUE DIZEM QUE QUEM CRER EM JESUS SERÁ SALVO?
RESPOSTA: PARA JESUS, A SALVAÇÃO PELA CRENÇA NELE SIGNIFICA NECESSARIAMENTE SEGUIR E MANTER AS SUAS PALAVRAS E MANDAMENTOS ATÉ AO FIM. ISTO É PROVADO PELO CONTEXTO IMEDIATO OU ALARGADO EM CADA CASO EM QUE JESUS DIZ QUE AQUELES QUE CRÊEM NELE SERÃO SALVOS, PARA ALÉM DE TODAS AS OUTRAS PASSAGENS QUE JÁ FORAM TRATADAS.
PRIMEIRO EXEMPLO: JOÃO 3:16
Podemos ver este versículo em cartazes de estádios desportivos, viadutos de auto-estradas, e em muitos outros lugares.1 Protestantes crêem que é o melhor, ou um dos melhores, exemplos de ensinamento bíblico de que quem crê é salvo pela fé somente. O que eles não dizem ou falham em perceber é o que é dito nos versículos que se seguem imediatamente a João 3:16.
É fascinante que no próprio contexto que se segue imediatamente a João 3:16, vemos referências proeminentes a condenação por más obras, assim como a pessoas que fazem o mal e a actos a serem julgados. Isto deixa claro que uma fé no Filho Unigénito de Deus que dará salvação é uma fé que tem de ser acompanhada por perseverança nos bons actos e obras. Para Jesus, crer n'Ele para a salvação consiste em seguir e manter as Suas palavras e os Seus mandamentos, tal como demonstram todas as outras passagens que tratámos. O contexto demonstra que João 3:16 não ensina justificação pela fé somente ou segurança eterna.
SEGUNDO EXEMPLO: ROMANOS 10: SE COM A TUA BOCA CONFESSARES… SERÁS SALVO
Romanos 10:9 é outro versículo que protestantes usam numa tentativa de provar salvação pela fé somente em Jesus.
O contexto, no entanto, demonstra-nos uma vez mais que a compreensão protestante desta passagem é falsa. O que eles não percebem é que a passagem acima (Romanos 10:8-10) cita Deuteronómio 30:14 e seguintes. As notas de rodapé na sua Bíblia irão mostrar a referência a Deuteronómio 30:14. Ora, Deuteronómio 30:14 e seguintes falam acerca DA NECESSIDADE DE FAZER AS OBRAS DE DEUS E EM MANTER OS MANDAMENTOS.
Esta referência a Deuteronómio 30:14 em Romanos 10:8-10 demonstra que para Paulo e seus ouvintes, salvação pela crença era entendida como seguir, manter e fazer as obras que são necessárias para a salvação. Somente neste sentido é que um crente “viverá” e terá salvação. A visão protestante da justificação é simplesmente um completo mal-entendido da Escritura, como demonstra novamente o contexto integral da passagem.
TERCEIRO EXEMPLO: JOÃO 5:24
Lendo-o isoladamente, alguns protestantes pensam que a salvação está garantida a todos os crentes.
Porém, poucos versículos a seguir, a começar em João 5:28, Jesus diz isto:
Novamente, vemos que as pessoas serão condenadas com base naquilo que fizeram, não apenas dependendo de se creram ou não. Invariavelmente, para Jesus, crer para a salvação é seguir e manter as Suas palavras e fazer as obras necessárias à salvação.
QUARTO EXEMPLO: JOÃO 6:47
Alguns protestantes gostam de citar esta passagem para argumentar a favor da justificação pela fé somente. Mas isto é facilmente refutado pelo contexto completo de João 6. O capítulo quase todo lida com a questão de como não apenas devemos crer para sermos salvos, mas como também devemos comer a carne do Filho de Deus. Portanto, não é pela fé somente. Isto é tratado na secção da Eucaristia, mas trata-se de outro exemplo onde o contexto alargado refuta a falsa concepção protestante.
O QUE DIZER DE EFÉSIOS 2:8-9, PELA GRAÇA SOIS SALVOS, POR MEIO DA FÉ, NÃO PELAS OBRAS?
Não-católicos citam frequente o versículo que se segue para tentar provar que os homens são salvos pela fé somente.
Este argumento também falha. Como irei agora demonstrar, este argumento falha porque este versículo está a referir-se à graça inicial da recepção do baptismo de água. O baptismo de água não é uma obra que “vem de vós,” mas um Sacramento instituído por Deus. Nenhuma obra que possas fazer tem a capacidade de substituir o baptismo de água. É dito que “salva” porque remove o pecado original e põe a pessoa em estado de justificação. A prova de que Efésios 2:8-9 na verdade refere-se ao baptismo de água é encontrada quando comparamos a passagem a Tito 3:5, e depois a 1 Pedro 3:20-21.
Veja isto:
Efésios 2:8-9 – “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.”
Tito 3:5 – Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo.”
Note que as duas passagens são extremamente similares. Estão a falar da mesma coisa. Ambas mencionam ser salvo, e não de obras que houvéssemos feito. Efésios 2:8-9 descreve isto como ser salvo pela “fé”; Tito 3:5 descreve isto como ser salvo pela lavagem da regeneração e renovação do Espírito Santo. Referem-se à mesma coisa.
Tito 3:5 é sem margem de dúvida uma referência ao baptismo de água, como até João Calvino e Martinho Lutero admitiram. Efésios 2:8-9 está também a falar de baptismo de água; a diferença é que Efésios 2:8-9 chama-o de fé porque aceitar o baptismo é submeter-se à fé; é a maneira de juntar-se à fé, como Jesus deixa bastante claro em Marcos 16:15 e Mateus 28:19: “… pregai o evangelho a toda criatura… baptizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.” O Baptismo é também descrito como “fé” em Gálatas 3:
Vemos que receber o Baptismo é sinónimo de receber a “fé” em Cristo Jesus. De modo a confirmar ainda mais que Efésios 2:8-9 é uma referência a ser salvo pelo Baptismo, expandamos a comparação:
Efésios 2:8-9 – “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.”
Tito 3:5 – Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo.”
1 Pedro 3:21-22 - “… quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água; que também, como uma verdadeira figura, agora vos salva, o baptismo…”
Isto demonstra que Efésios 2:8-9 está a referir-se à graça inicial do Baptismo. Efésios 2:8-9 não está a referir-se ao processo de justificação daqueles que já foram baptizados; está a referir-se simplesmente a como as pessoas são inicialmente resgatadas do pecado original e recebem a graça da justificação. Nenhuma obra que alguém pudesse fazer poderia substituir ou fazer a vez do baptismo de água e da graça que este confere: a primeira justificação e a remoção do pecado original. Mas a partir do momento em que a pessoa entra na Igreja pelo Baptismo (que é obra de Deus), os seus actos e obras tornam-se verdadeiramente parte do processo de justificação, e um factor que irá determinar se a pessoa mantém ou não a justificação. Isto torna-se claro quando partirmos da abundância de passagens (por exemplo, Tiago 2:24) que já tratámos. Portanto, o argumento protestante baseado em Efésios 2:8-9 é mais um que não se aguenta face ao contexto da Escritura.
O Baptismo não é uma obra de justiça que fizemos; é um sacramento que Jesus instituiu, que derrama o Seu Sangue salvífico e a purificação do Espírito Santo.
O QUE DIZER DA AFIRMAÇÃO DE QUE O HOMEM É JUSTIFICADO PELA FÉ “SEM OBRAS DA LEI”(ROMANOS 3:28)?
Protestantes gostam de citar Romanos 3:28 e passagens similares.
Martinho Lutero pensava que esta passagem ensinava justificação pela fé somente, independente de qualquer consideração das acções ou obras humanas. Isto é completamente erróneo. De facto, falhar em perceber o que a expressão “obras da lei” significa é um dos maiores equívocos no protestantismo.
Como já vimos, Tiago diz em Tiago 2:4 que o homem é justificado pelas obras e não pela fé somente. A expressão “obras da lei” em Romanos 3:28 e em todo Novo Testamento refere-se às leis e prescrições do Antigo Testamento. “Obras da lei” significa obras da Antiga Lei. Não significa todas as obras e acções humanas. Paulo escrevia para pessoas que estavam afixadas à ideia de que o sistema da Antiga Lei, com a circuncisão, as leis referentes a alimentos puros e impuros, sacrifícios rituais, etc., é indispensável.
Que isto é o que “obras da lei” significa em Romanos 3:28 e passagens similares é provado pelo contexto de Romanos, mas especialmente o de Gálatas 2:14. Note que a expressão “obras da lei” é utilizada, e que esta refere-se especificamente à Antiga Lei (a Lei do Antigo Testamento), não a todas as obras ou actos.
Note que a expressão “obras da lei” é utilizada por São Paulo claramente para referir-se a viver “como os judeus vivem” — observando a Antiga Lei, circuncisão, etc. Não se refere a todas as obras ou actos humanos. Isto é óbvio por toda a Epístola aos Gálatas. Eis outro exemplo:
Como vemos novamente aqui, é claro que quando São Paulo fala sobre “a lei,” e como nenhum homem é justificado por ela, ele está a falar das obras da Antiga Lei: circuncisão, etc. Ele não está a falar de todas as obras! Nenhuma pessoa honesta pode negar este facto. Ele está simplesmente a chamar-lhes a atenção para o facto de que a fé/religião/Igreja de Jesus Cristo tem um poder salvífico inerente a si mesma. Está a dizer-lhes que não é necessário observar a Antiga Lei, e o seu sistema, para obter a salvação que vem de Jesus Cristo. Eis outros exemplo:
Vemos novamente que a “lei” refere-se à Antiga lei: observar a circuncisão, etc. Nenhum homem pode ser justificado pela Antiga Lei. Vemos também que Paulo está a falar da Antiga Lei em Romanos 3:28 (quando usa o termo “obras da lei”), se analisarmos atentamente o contexto em Romanos 3 e 4.
Romanos 3:1 – “Qual é logo a vantagem do judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão?”
Vemos que o primeiríssimo versículo de Romanos 3 lida com a obra da circuncisão do Antigo Testamento. São Paulo enfatiza para os judeus e outros que não precisam observar estas prescrições para a salvação, ou para entrar na verdadeira fé de Deus que foi entregue pelo Salvador, Jesus Cristo.
Filipenses 3 dá-nos outro exemplo que prova o ponto acerca do que as expressões “a lei,” “obras da lei” e obrar sob a lei significam na Bíblia. Em Filipenses 3, São Paulo está a explicar que ele era um judeu que observava a Lei Judaica. É justamente neste contexto que ele fala de possuir uma justificação que não vem da lei, mas pela fé de Jesus. Por outras palavras, a sua afirmação de que justificação não é proveniente da lei significa que não provém da Lei Antiga ou de a ter observado:
É óbvio que quando ele fala da justiça ou justificação que é da fé — que não é proveniente da lei — não está a ensinar justificação pela fé somente. Ao invés disso, ele está simplesmente a enfatizar que a Lei Judaica não dá a justificação e não é necessária para a salvação.
Nós já vimos uma abundância de passagens que provam que os actos e obras humanas têm uma papel na condenação ou salvação da pessoa. É certo que Paulo usa a expressão “obras da lei” num contexto em que explica que uma pessoa não é salva pelas obras da Lei Antiga, mas pela religião de Jesus Cristo.
Com estes factos em mente, podemos ver o quão trágico e devastador é este erro, cometido por milhões de protestantes, derivado de uma má interpretação. Isto tem os conduzido a erros desastrosos de justificação pela fé somente e segurança eterna — ideias que vão contra o que é constante na Escritura, a necessidade de evitar pecados, as parábolas de Jesus, etc.
O CASO DE ABRAÃO REFUTA A TEOLOGIA PROTESTANTE — PROVA QUE JUSTIFICAÇÃO NÃO É UM ACONTECIMENTO ÚNICO, MAS ALGO QUE AUMENTA E PRESERVA-SE MEDIANTE A OBEDIÊNCIA
A Bíblia ensina-nos que Abraão (cujo nome foi mudado de Abrão) foi justificado em Génesis 15:6 por crer naquilo que Deus disse sobre a quantidade de seus descendentes.
Convém assinalar que, em teologia católica, a justificação conferida no Antigo Testamento era inferior à adopção como filhos de Deus conferida no Novo Testamento. De qualquer forma, o ponto que se segue sobre a justificação do Antigo Testamento conferida a Abraão — algo que é tratado repetidamente no Novo Testamento — é suficiente para novamente refutar por completo a posição protestante sobre a justificação.
Abraão foi justificado em Génesis 15:6. Se, como mantêm os protestantes, justificação não é um processo, mas um acontecimento singular no qual Deus imputa (aplica) justificação a uma pessoa como resultado de fé somente, então é impossível que Abraão tenha sido justificado antes ou depois de Génesis 15:6. É muito simples. Mas a Bíblia ensina que Abraão foi justificado tanto antes quanto depois de Génesis 15:6.
1. Hebreus 11:8 ensina que Abraão creu em Deus — e foi justificado — quando Deus originalmente o chamou para ir para uma terra desconhecida. Isto ocorreu em Génesis 12.
Portanto, Abraão foi justificado pela fé em Génesis 12, três capítulos (e provavelmente anos) antes de crer em Deus (sobre a quantidade de descendentes que iria ter) em Génesis 15:6, quando ele foi novamente justificado. Caso alguém pense que esta crença de Abraão em Génesis 12 não o justificou, deve-se assinalar que a fé justificante é o tema central de Hebreus 11. Logo, não há dúvida de que Hebreus 11:8 ensina que Abraão foi justificado pela fé em Génesis 12.
2. A bíblia ensina que Abraão foi justificado novamente (uma terceira vez) em Génesis 22, quando ofereceu o seu filho Isaac no altar.
Então, pondo as coisas da maneira mais simples possível: a Bíblia ensina que Abraão foi justificado três vezes:
1) em Génesis 12:1-4 (confira Hebreus 11:8 – “Pela fé Abraão… obedeceu”)
2) em Génesis 15:6 (confira Génesis 15:6 – “ele creu… e imputou-lhe isto por justiça”)
3) em Génesis 22:10 (confira Tiago 2:21 – “o nosso pai Abraão justificado pelas obras”)
Isto prova que justificação não é um evento singular, como dizem os protestantes, mas um processo. Demonstra que justificação é um processo que é CONFIRMADO E AUMENTADO MEDIANTE A PERSEVERANÇA NA FÉ E REPETIDAS ACÇÕES DE OBEDIÊNCIA. De facto, foi apenas em Génesis 22, após Abraão ter heroicamente oferecido o seu filho em sacrifício por obediência à ordem de Deus, que Deus “jura” abençoar os descendentes de Abraão (Génesis 22:16-17). A acção obediente de Abraão selou a sua fé e aumentou/confirmou/manteve a sua justificação.
Entender este ponto sobre o processo de justificação de Abraão é muito importante, pois dá-nos a chave de compreensão de um outro ponto, que tem sido fonte de confusão para muitos. Este tem que ver com o porquê de a Bíblia parecer enfatizar, num lugar, que Abraão não foi justificado pelas obras (Romanos 4), enquanto que noutro diz e enfatiza que ele foi justificado pelas obras (Tiago 2:21-24). O ensinamento da Bíblia sobre as justificações de Abraão, assim como os pontos que já fizemos sobre a quê se refere as “obras da lei” na Bíblia, revela a resposta simples a este aparente dilema.
Em Romanos 3 e 4, São Paulo está a escrever às pessoas sobre as obras da Antiga Lei. Como já foi dito, ele está a falar para pessoas que criam ou estavam preocupadas com a salvação estar ligada com o sistema da circuncisão, etc., do Antigo Testamento. De modo a provar para estas pessoas que a justificação não está inextricavelmente ligada à Antiga Lei, circuncisão, etc. — à qual muitos estavam bastante afeiçoados —, Paulo dá o exemplo de como Abraão foi justificado pela sua fé em Génesis 15:6, o que sucedeu-se antes de ele ter sido circuncidado em Génesis 17:
O seu ponto, portanto, é que se Deus pode justificar Abraão pela fé antes da circuncisão (como o exemplo demonstra), então Ele pode justificar-te, se submeteres-te à fé de Jesus e despojares-te da circuncisão, etc. Este é precisamente o ponto que ele está a fazer e que deve ser entendido quando lemos este capítulo. O seu ponto não é que, se te submeteres a Jesus e à Sua fé, nenhuma acção humana, acto ou pecado terá alguma coisa que ver com a tua justificação!
Portanto, quando Paulo diz o seguinte em Romanos 4:1-4…
… ele está claramente a falar no contexto de contrastar o sistema do Antigo Testamento de obras com o poder que Deus tem de justificar aqueles que aceitam a Sua fé fora do sistema de obras do Antigo Testamento. É precisamente este o tema e o contexto. Ele não está a ensinar que a justificação pela fé em Cristo é separada de toda a acção e obras humanas.
Mas em Tiago 2, o tema e o contexto são diferentes. Tiago 2 consiste em ensinar aos cristãos que a sua fé em Cristo não é suficiente. Trata da vida cristã e a vida em geral; não consiste em ensinar às pessoas que o sistema do Antigo Testamento não é obrigatório. Poder-se-ia em verdade dizer que, em Tiago 2, o tema é o mesmo que aquele do qual estamos a tratar: a ideia protestante de que o homem é justificado somente pela sua fé em Jesus. E esta ideia é denunciada como completamente falsa.
Portanto, podemos ver como os protestantes não compreenderam de todo estas passagens da Escritura. Ao fazê-lo, construiram uma falsa religião e um falso Evangelho que contradiz completamente toda a mensagem da Escritura.
A Igreja Católica manteve-se fiel ao ensinamento da Bíblia sobre a justificação porque é a verdadeira Igreja. É necessário pertencer a esta Igreja para a salvação.
*Excepto nos casos em que há informação contrária, todas as citações foram tiradas da versão Almeida Corrigida Fiel da Bíblia, uma famosa tradução protestante. Esta versão foi escolhida para provar o ponto aos protestantes usando uma Bíblia protestante.
Notas finais:
1 O autor refere-se a uma situação vivenciada no seu próprio país, os Estado Unidos da América.
Do Livro: A Bíblia Prova os Ensinamentos da Igreja Católica
Francisco é uma abominação anti-Católica. Quem ainda não acordou, que acorde antes que seja tarde
Lucas G. 2 anosLer mais...É Verdade!!! Mosteiro da Sagrada família: Se aprendir bem com o Ir Pedro Dimond e Ir Miguel Dimond os quais concidero como Pais Espirituais,; um DOGMA é pra ser Obedecido...
Hernandes Moreira da Silva 2 anosLer mais...Obrigado por dizerem a verdade dos fatos.
Lucas Fernandes da Silva 2 anosLer mais...Sedevacantes tem razão
lp 2 anosLer mais...Este livro é um dos livros mais importantes do nosso tempo. Deus vos abençoe!
Gabriel 2 anosLer mais...Esta, sem dúvida alguma, é uma citação importantíssima. Ela demonstra que vossa posição sobre este ponto é exatamente a mesma de um Doutor da Igreja. Deus vos abençoe!
Gabriel 2 anosLer mais...Uau!
Adilio 2 anosLer mais...Abominação, cisma e Eresia. o que se poderia esperar de um demônio!!!
Hernandes Moreira da Silva 2 anosLer mais...Obrigada muito pela explicação detalhada! ;)
Vicky Timotê 2 anosLer mais...Salve Maria! É evidente que este diário é uma farsa. Essa freira foi excomungada 3 vezes, tendo seu manuscrito inserido ao livro do Indexx. O antipapa Paulo VI extinguiu o...
Deise Holanda 2 anosLer mais...