A retractação de Bento XVI da sua declaração sobre o islão revela a sua verdadeira natureza de enganador

por Ir. Miguel Dimond e Ir. Pedro Dimond

www.igrejacatolica.org » Ir para a página principal sobre as heresias de Bento XVI

A maioria dos que lêem este sítio de Internet ouviram talvez falar acerca das controversas declarações de Bento XVI sobre Maomé num discurso em Baviera, no dia 12 de Setembro de 2006. Nesse discurso, agora famoso, Bento XVI citou um imperador medieval que denunciou a política de Maomé (e portanto o islão) como má e desumana.

Bento XVI, Discurso em Ratisbona, 12 de Setembro de 2006: “ No sétimo colóquio… sobre a guerra santa, o imperador … [disse]: ‘Mostra-me também o que trouxe de novo Maomé, e encontrarás apenas coisas más e desumanas tais como a sua norma de propagar, através da espada, a fé que pregava.’ O imperador, depois de se ter pronunciado de modo tão ríspido, passa a explicar minuciosamente os motivos pelos quais não é razoável a difusão da fé mediante a violência. Esta está em contraste com a natureza de Deus e a natureza da alma. Diz ele: ‘Deus não se compraz com o sangue; não agir segundo a razão – σὺν λόγω – é contrário à natureza de Deus.’”1

No contexto, podemos ver claramente que Bento XVI não se limita a citar a declaração do imperador contra a política de Maomé, mas faz da declaração do imperador a sua própria.

Então, por que Bento XVI faria uma declaração contra o islão? Seria porque ele crê que o islão é maligno? Claro que não. Bento XVI disse que o islão representa “grandeza” (Fé, Verdade e Tolerância, pág. 181). Bento XVI está totalmente de acordo com o ensinamento do Vaticano II a favor do islão, como já vimos. Bento XVI crê que João Paulo II ― que amava a falsa religião do islão e que cometeu inúmeros actos de apostasia louvando-a ― foi um grande papa digno de canonização. A razão pela qual Bento XVI fez esta declaração é simplesmente porque a sua missão é, como já demonstrámos, fazer ocasionalmente algumas declarações e gestos conservadores com o fim de enganar as pessoas com mentalidade tradicionalista para mantê-las nas garras da falsa Igreja e, ao mesmo tempo, pregar a apostasia do Vaticano II. Por um tempo, esta declaração conservadora teve o seu efeito desejado, mas Deus permitiu que o tiro lhe saísse pela culatra.

Imediatamente após o discurso de 12 de Setembro de Bento XVI ter começado a circular, fomos contactados por pessoas que, no passado, tiveram problemas com questões relativas à validade dos antipapas da seita do Vaticano. Um dos indivíduos escreveu-nos e fez referência ao discurso de Bento XVI sobre o islão; sua convicção na oposição à contra-Igreja estava claramente debilitada. É realmente patético e, de facto, repugnante que uma declaração ou acção conservadora aqui ou acolá de um antipapa ― apesar de este negar a Cristo, fazer culto na sinagoga, dizer que não devemos converter os protestantes, etc., etc., etc. ―, seja tudo o que é preciso para aniquilar a fé desta pessoa.

Mas é assim que as coisas são para muitos. Estes não têm uma fé verdadeira em Cristo, não odeiam o mal, ou a sua fé é tão frágil como uma pluma. Muitos desses são enganados por uma só afirmação conservadora, esporádica que seja, mesmo que tenha sido proferida por um herege público e apóstata, extensivamente provado como tal, que nem sequer crê que Jesus é o Messias, como já o demonstrámos. É precisamente por isso que Bento XVI, um homem que está completamente sob o poder do Demónio, faz este tipo de coisas.

A verdade vem à tona: Bento XVI pede desculpas pelo seu discurso sobre o islão e disse que a declaração contra o ensinamento de Maomé “não expressa de modo algum” o seu pensamento pessoal!

Bento XVI, Pedido de desculpas pelo seu discurso de 12 de Setembro 2006: “No presente momento desejo apenas acrescentar que estou vivamente amargurado com as reacções suscitadas por um pequeno trecho do meu discurso na Universidade de Regensburg, considerado ofensivo para a sensibilidade dos crentes muçulmanos, embora se tratasse de uma citação de um texto medieval, que não expressa de modo algum o meu pensamento pessoal.”2

Isto é muito, muito interessante em vários aspectos.

Em primeiro lugar, isto é PROVA ABSOLUTA DE QUE BENTO XVI É UM MENTIROSO E UM IMPOSTOR. Isto demonstra que ele é um mentiroso porque já vimos que Bento XVI claramente fez da citação do imperador a sua no discurso pronunciado em 12 de Setembro. Isto é inegável. Mas agora ele está a dizer que a declaração do imperador não expressa de modo algum o seu pensamento pessoal, o que contradiz totalmente o que foi por ele dito no discurso de 12 de Setembro. Portanto, não importa o ângulo pelo qual analisemos isto: Bento XVI foi apanhado numa grande mentira.

Em segundo lugar, além de PROVAR que Bento XVI é um mentiroso e um impostor público, a sua declaração de que a citação do imperador de nenhuma maneira expressa o seu pensamento pessoal demonstra que ele é um apóstata. Porque, perante a reacção ao seu discurso, ele teve todas as oportunidades de manter-se firme na sua aparente oposição ao islão como uma religião maligna. Foi-lhe concedida uma grande oportunidade, durante a turbulenta controvérsia, para persuadir as pessoas de que a posição do seu discurso foi provada como verdadeira pela má reacção dos muçulmanos, e pelo desejo destes de o matar; mas não... ele preferiu repudiar a declaração contra o islão. E ele continuou a sua campanha para reatar os laços com os muçulmanos ao iniciar-se no islão orando em direcção à Meca numa mesquita com um mufti, em 30 de Novembro de 2006.

Portanto, aquilo que sem dúvida foi o estratagema original do Demónio de, servindo-se do seu antipapa Bento XVI, fazer uma declaração conservadora que enganasse certos “tradicionalistas” foi impedido quando Deus permitiu que o plano fracassasse — voltando-se contra o próprio perpetrador — após a reacção dos muçulmanos ter-se tornado tão volátil ao ponto de Bento XVI ter de se desculpar e revelar os seus verdadeiros sentimentos — destruindo a sua credibilidade perante qualquer um que tenha olhos de ver e perceba o mentiroso que ele demonstrou ser.

Portanto, não se deixe enganar se o herege manifesto e o astuto mentiroso, Antipapa Bento XVI, disser ou fizer alguma outra coisa que seja conservadora com a intenção de enganar os tradicionalistas. Não se deixe enganar se Bento XVI promulga uma lei universal para que se possa celebrar a Missa Latina numa altura em que a maior parte dos supostos padres são inválidos e têm de aceitar a apostasia do Vaticano II para que possam tirar proveito dessa lei. Satanás concederá tudo isto desde que uma pessoa aceite a nova religião de Bento XVI, ou aceite Bento XVI e seus bispos apóstatas como católicos enquanto que estes ensinam que Jesus Cristo e a fé católica são supérfluos. E que outras tantas artimanhas para chegar às mentes conservadoras e mantê-las na, ou trazê-las de volta para a  seita do Vaticano II não sejam também motivo de engano para si. Nada disto mudará o facto de ele ser um herege manifesto que está no comando de uma seita não-católica.

Tudo isto é parte da fraude predita na profecia católica para o fim dos tempos.

Nossa Senhora de La Salette, França, 19 de Setembro de 1846: “Roma perderá a fé e se tornará o assento do Anticristo… a Igreja estará em eclipse.”

Esta profecia de La Salette coincide com as profecias da Sagrada Escritura (Apocalipse 17 e 18) de que a cidade das sete colinas (Roma) se converterá numa prostituta (uma falsa Igreja), como falaremos mais adiante. A grande prostituta profetizada na Bíblia não é a Igreja Católica; é uma falsificação da Igreja Católica (a seita do Vaticano II), a esposa impostora e apóstata que surgirá nos últimos dias para enganar os católicos e eclipsar a verdadeira Igreja, que será reduzida a um remanescente de fiéis.

Demonstrámos que a mensagem de Nossa Senhora em La Salette se concretizou diante de nossos olhos: Bento XVI e a seita do Vaticano II ensina que os judeus são perfeitamente livres de não crer em Jesus Cristo. Isto está publicado nos próprios livros de Bento XVI e do Vaticano, e prova que Roma se tornou o assento do Anticristo. Uma série de antipapas que reinam desde Roma fizeram dela o assento do Anticristo.

Nosso Senhor também indica que nos últimos dias se instalará “a abominação da desolação” “no lugar santo” (Mateus 24:15). Ele nos disse que haverá um engano tão profundo que, se fosse possível, até os eleitos seriam enganados (Mateus 24:24). Ele até perguntou aos Apóstolos se pensavam que, nessa altura, encontraria Ele alguma fé na Terra:

Lucas 18:8 - “Mas quando vier o Filho do homem, julgais vós que achará ele alguma fé na terra?”

Este embuste ocorrerá precisamente no núcleo das estruturas físicas da Igreja ― no “Templo de Deus” (2 Tes. 2:4) e no “lugar santo” (Mt. 24:15) ― e sucederá porque as pessoas não receberão o amor da verdade (Tes. 2:10). Deus permite isto como um castigo supremo pelos pecados do mundo e estamos a vivê-lo neste preciso momento. As pessoas têm de rejeitar por completo o antipapa Bento XVI, os outros antipapas do Vaticano II, e a nova religião do Vaticano II.

Bento XVI é um dos homens mais malignos da história humana, porque clama exercer a autoridade da Igreja de Cristo, enquanto ensina que um indivíduo pode sem problemas negar a Jesus Cristo. Ele afirma ser o papa ao mesmo tempo que ensina que as pessoas são livres de rejeitar o papado. Afirma ser o líder da fé cristã enquanto professa que nosso Senhor Jesus Cristo nem sequer tem de ser visto como o Messias.

» Ir para a página principal sobre as heresias de Bento XVI

Notas finais:

1 https://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/5348456.stm; https://www.30giorni.it/articoli_id_11805_l2.htm; https://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/speeches/2006/september/documents/hf_ben-xvi_spe_20060912_university-regensburg_po.html

2 https://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/5353774.stm; https://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/angelus/2006/documents/hf_ben-xvi_ang_20060917_po.html

Do livro: A Verdade sobre o que Realmente Aconteceu à Igreja Católica depois do Vaticano II