Paulo VI põe fim a um falso mito tradicionalista muito popular e significativo ao declarar que o Concílio Vaticano II e a Nova Missa são vinculativos

«Ousa-se afirmar que o Concílio Vaticano II não é vinculativo… A adesão ao novo Ordo Missae certamente não é deixada à livre escolha de padres ou fiéis.»1 (Paulo VI, Discurso, 24 de Maio de 1976, L'Osservatore Romano (Jornal do Vaticano), 3 de Junho de 1976, pág. 2)

(Continuando com os pontos já abordados, esta secção refuta ainda mais um dos maiores falsos mitos tradicionalistas: que o Antipapa Paulo VI nunca tornou o Vaticano II e a Nova Missa obrigatórios. Como o Concílio Vaticano II é herético e a Nova Missa é uma falsa «missa», isto é uma forte prova de que Paulo VI não foi um papa.)

Como discutimos, entre aqueles que reconhecem problemas com a apostasia pós-Vaticano II, há muitos «tradicionalistas» que rejeitam a Nova Missa e o Vaticano II, mas sustentam que Paulo VI, o homem que os promulgou, jamais vinculou alguém à Nova Missa ou ao Vaticano II.

Chris Ferrara, The Remnant, «Um desafio à iniciativa Sedevacantista», 15 de Novembro de 2005, pág. 11: “Como já mencionado, até as autoridades do Vaticano, incluindo a Comissão Cardinalícia de 1984, reconheceram que a Missa tradicional nunca foi de jure abolida pela promulgação da nova Missa, e que os padres sempre foram livres para continuar usando o missal pré-conciliar… Em essência, Paulo VI simplesmente criou um novo rito ao lado do antigo, deixando o antigo intacto e nunca proibindo a continuação do seu uso.»2

Bem, vamos citar o próprio Paulo VI para refutar e destruir esta falsidade. É provável que vós nunca tenhais visto isto citado em publicações falso-tradicionalistas que querem ficar com o mito de que Paulo VI poderia ter sido um verdadeiro papa, já que isso arruína a FALSA INICIATIVA TRADICIONALISTA deles. Aqui está (preparem-se, falsos tradicionalistas):

Paulo VI, Discurso, 24 de Maio de 1976: «E o facto é grave, que essa oposição de que estamos falando não só é incentivada por alguns padres, mas liderada por um prelado, arcebispo Marcel Lefebvre, que, no entanto, ainda tem o nosso respeito.

«É muito doloroso alertar: mas como podemos não ver nessa atitude — quaisquer que sejam as intenções dessas pessoas — o colocar-se fora da obediência e comunhão com o Sucessor de Pedro e, portanto, fora da Igreja? Pois isso, infelizmente, é a consequência lógica quando sustenta-se que é preferível desobedecer sob o pretexto de preservar a fé intacta e de trabalhar pela preservação da Igreja Católica, enquanto que, ao mesmo tempo, recusa-se a dar-lhe a sua efectiva obediência. E isso é dito abertamente! OUSA-SE AFIRMAR QUE O CONCÍLIO VATICANO II NÃO É VINCULATIVO: que a fé também estaria em perigo devido a reformas e diretrizes pós-conciliares, às quais tem-se o dever de desobedecer para preservar certas tradições. Quais tradições? É este grupo, não o papa, nem o colégio dos bispos, nem o Concílio Ecuménico, que decide quais das inúmeras tradições devem ser consideradas como a norma de fé! Como podeis ver, irmãos veneráveis, tal atitude ergue-se como juiz daquela vontade divina que colocou Pedro e seus legítimos sucessores à frente da Igreja para confirmar os irmãos na fé e alimentar o rebanho universal e que o estabeleceu como fiador e custodiante do depósito da fé…

«A ADESÃO AO NOVO ORDO MISSAE CERTAMENTE NÃO É DEIXADA À LIVRE ESCOLHA DE PADRES OU FIÉIS: e a instrução de 14 de junho de 1971 previu a celebração da missa na forma antiga, com a autorização do ordinário, apenas para os sacerdotes idosos ou doentes, que oferecem o divino sacrifício sem povo. O novo Ordo foi promulgado para substituir o antigo, após deliberação madura, em seguimento das instâncias do Concílio Vaticano II. De modo não diferente, o nosso santo predecessor, Pio V tornou obrigatório o Missal reformado sob a sua autoridade, seguindo o Concílio de Trento…

«… chamámos a atenção do Monsenhor Lefebvre para a seriedade de seu comportamento, a irregularidade de suas principais iniciativas actuais, a incoerência e, muitas vezes, a falsidade das posições doutrinárias nas quais ele baseia esse comportamento e essas iniciativas, e os danos resultantes na Igreja inteira por causa desses.»3 (L’Osservatore Romano, 3 de Junho de 1976, pág. 2.)

Aí está. O próprio Paulo VI refuta directamente os falsos tradicionalistas em seus argumentos principais. Paulo VI declara que «certamente não é» «livre escolha» de padres ou fiéis o não adoptar o Novo Ordo Missæ (a Nova Missa). Ele também denuncia a afirmação de que o Concílio Vaticano II não é vinculativo e assinala que a consequência lógica da posição de Lefebvre, que rejeita a Nova Missa e o Vaticano II, e operou independentemente da hierarquia que reconhece, é colocar-se fora da Igreja.

Está na hora de todos acordarem e perceberem que a seita Vaticano II é uma seita falsa da cabeça aos pés, e que não há maneira de salvar nem a ela nem aos seus antipapas. É por isso que todos os «bispos» com «jurisdição ordinária» da seita Vaticano II argumentam que o Vaticano II é o ensinamento oficial da Igreja. É por isso que todos os grupos «tradicionais» que recebem «aprovação oficial» da seita Vaticano II precisam aceitar o Vaticano II para tal. É por isso que Bento XVI disse recentemente ao líder da FSSPX que eles não podem ser totalmente aceites na seita Vaticano II, a menos que aceitem o Vaticano II.