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Objecção ao Sedevacantismo: "A doutrina do Vaticano I sobre o papado contradiz o sedevacantismo."
por Ir. Miguel Dimond e Ir. Pedro Dimond
www.igrejacatolica.org » Ir para a página principal das objecções6ª Objecção: As definições do Concílio Vaticano I sobre a perpetuidade do ofício papal contradizem as afirmações dos sedevacantistas.
Resposta: Os dogmas do Vaticano I não contradizem uma vacância da Sé Papal; de facto, são aqueles que rejeitam os antipapas do Vaticano II os que aceitam consistentemente estes dogmas, uma vez que Bento XVI os rejeita totalmente.
RESPOSTAS ÀS PASSAGENS ESPECÍFICASDO CONCÍLIO VATICANO I QUE SÃO CITADAS PELOS ANTI-SEDEVACANTISTAS, E O ABSURDO DE UM “PAPA” QUE NÃO CRÊ NO VATICANO I
As pessoas que tentam refutar o sedevacantismo citam frequentemente três passagens do Vaticano I. Responderemos especificamente a essas três passagens. Antes de fazê-lo, devemos enfatizar aquilo que acabámos de tratar: houve largos períodos de tempo em que a Igreja não teve um papa. Já mencionámos o interregno de três anos e meio que ocorreu entre o Papa São Marcelino e o Papa São Marcelo.
Apesar de o Papa São Gregório VII ter morrido em 25 de Maio de 1085, não foi senão quase dois anos mais tarde ― em 9 de Maio de 1087 ― que foi eleito o seu sucessor, o Papa Vítor III. Em 25 de Junho de 1243, o Papa Inocêncio IV tornou-se o sucessor nº 179 de São Pedro; contudo, o seu predecessor imediato, o Papa Celestino IV, já havia morrido há mais de um ano e meio ― em 10 de Novembro de 1241. Mais tarde, no mesmo século, os católicos tiveram que esperar quase três anos para que a Igreja, a seguir à morte do Papa Clemente IV, em 29 de Novembro de 1268, nomeasse o novo Papa, São Gregório X, em 1 de Setembro de 1271. Outros exemplos de interregnos de um ano ou mais entre os papas poderiam ser citados; o ponto é que, enquanto que o comum foi uma rápida transferência do poder papal, houve excepções. A crise actual, portanto, certamente não é a primeira em que a Igreja passa por um período significativo sem um papa.
Já discutimos acerca de antipapas que reinaram em Roma e que diziam ser papas, algo que vimos no caso de Anacleto II e no Grande Cisma do Ocidente. Há também um axioma teológico: “o mais ou o menos não altera a espécie; uma mudança de grau não afecta o princípio.” Se a Igreja não falhou na ou perdeu a perpétua sucessão papal durante uma vacância de três anos e sete meses, então a Igreja não falhará na ou perderá a perpétua sucessão papal durante uma vacância de quarenta ou mais anos. O princípio é o mesmo, a menos que exista um ensinamento específico da Igreja que declare um determinado limite temporal ao interregno papal.
Uma vez que não há ensinamento que ponha um limite a tal interregno papal (um período sem um papa), e visto que as definições do Vaticano I sobre a perpetuidade do ofício papal não fazem absolutamente menção alguma acerca das vacâncias papais e por quanto tempo poderiam durar, então, se as definições do Vaticano I refutam a posição sedevacantista (como alguns dizem), então também refutariam a indefectibilidade da Igreja Católica cada vez que a Igreja se encontrasse sem um papa. Mas isto é obviamente impossível e claramente ridículo.
Portanto, por uma questão de consistência, os anti-sedevacantistas que citam o Vaticano I a fim de tentar refutar a “thesis” sedevacantista, devem argumentar que a Igreja nunca pode estar sem um papa, nem sequer por um só momento — o que é um absurdo, evidentemente. Mas isto é exactamente o que, cometendo um erro muito interessante, argumenta um deles num artigo. Isto serve para revelar o profundo preconceito e os erros essenciais da sua posição:
Chris Ferrara, “Oposição à Campanha Sedevacantista,” Catholic Family News, Agosto de 2005, pág. 19: “Nunca em sua história, nem sequer por um momento, a Igreja ficou sem um sucessor de Pedro validamente eleito a seguir a morte de seu predecessor validamente eleito.”1
Isto é obviamente um absurdo e uma completa falsidade. O autor sabe que isto é falso porque, na seguinte frase, ele declara:
Ferrara: “De facto, o interregno mais largo entre dois papas na história da Igreja foi de somente dois anos e cinco meses, entre a morte do Papa Nicolau IV (1292) e a eleição do Papa Celestino V (1294).”2
Em primeiro lugar, o interregno que ele menciona não foi o mais longo da história da Igreja (como vimos acima). Em segundo lugar, ele reconhece que a Igreja existiu por anos sem um papa. Então afinal houve um bom número de “momentos” na história da Igreja em que não havia papa. Por que nos diria Ferrara que a Igreja não pode estar sem um papa “nem sequer por um momento” quando ele sabe que isso não é correcto?
Uma vez que está claro o facto de que a Igreja realmente pode estar sem um papa durante um longo período, analisemos as passagens do Concílio Vaticano I:
1. O Concílio Vaticano I declara que o papado é o fundamento visível e o princípio perpétuo da unidade:
Concílio Vaticano I, Constituição Dogmática sobre a Igreja de Cristo, Sessão 4, 18 de Julho de 1870: “Mas, para que o próprio episcopado fosse um e indiviso, e para que a universal multitude dos fiéis se conservasse na unidade da fé e da comunhão por meio dos sacerdotes ligados entre si, Jesus, ao colocar o bem-aventurado Pedro acima dos demais Apóstolos, nele instituiu um princípio perpétuo e o fundamento visível de ambas as unidades, para que sobre cuja força se construísse um templo eterno, e a sublimidade da Igreja pudesse ascender aos céus sobre a firmeza desta fé.”3
O que Cristo instituiu em São Pedro (O OFÍCIO DE PEDRO) permanece o fundamento visível e o princípio perpétuo de unidade INCLUSIVE HOJE, E A CADA VEZ QUE NÃO HOUVER PAPA, e isto se demonstra a cada vez que um católico sedevacantista converte um “ortodoxo” cismático oriental à fé católica.
O católico (que é sedevacantista) por caridade informa o cismático oriental de que ele (o cismático “ortodoxo”) não está na unidade da Igreja porque não aceita o que Cristo instituiu em São Pedro (o ofício do papado) e também por não aceitar o que os sucessores de São Pedro ensinaram de obrigatório ao longo da história (por exemplo, o Concílio de Trento, etc.). Este é um claro exemplo de como o ofício do papado está todavia em operação ― e para sempre estará ― como princípio perpétuo da unidade visível, distinguindo os fiéis verdadeiros dos falsos (e a verdadeira Igreja da falsa). Isto permanece como verdadeiro mesmo quando não há Papa, e é verdadeiro hoje para os católicos sedevacantistas. Este ensinamento dogmático do Vaticano I não exclui os períodos quando não há um papa, nem se opõe de maneira alguma à “thesis” sedevacantista.
De facto, enquanto que esta definição mantém-se verdadeira para o sedevacantista, deve-se deixar claro que ESTA DEFINIÇÃO DO VATICANO I PERMANECE VERDADEIRA APENAS PARA O SEDEVACANTISTA. ESTA DEFINIÇÃO DO VATICANO I SOBRE O PAPADO COMO SENDO O PRINCÍPIO PERPÉTUO E FUNDAMENTO VISÍVEL DA UNIDADE É MUITO CERTAMENTE FALSA PARA AQUELES QUE OBEDECEM A BENTO XVI, já que o Vaticano II ensina exactamente o contrário:
Documento do Vaticano II, Lumen gentium, #15:
“A Igreja vê-se ainda unida, por muitos títulos, com os baptizados que têm o nome de cristãos, embora não professem integralmente a fé ou não guardem a unidade de comunhão com o sucessor de Pedro.”4
Vemos que o Vaticano II ensina que o papado não é o fundamento visível da unidade da fé e da comunhão. Ensina que aqueles que rejeitam o papado estão em comunhão com a Igreja. Dado que este é o ensinamento oficial da seita do Vaticano II e dos seus antipapas, aqueles que aderem a eles contradizem os ensinamentos do Concílio Vaticano I citados anteriormente.
Em segundo lugar, o ensinamento do Concílio Vaticano I sobre a perpetuidade do ofício papal somente permanece verdadeiro para o sedevacantista porque Bento XVI ensina explicitamente que não é essencial aceitar o papado para a unidade!
Bento XVI, Princípios de Teologia Católica, 1982, pp. 197-198: “Por parte do Ocidente, a máxima exigência seria que o Oriente reconhecesse a primazia de Roma em todo o âmbito da definição de 1870 [Vaticano I] e, ao fazê-lo, se submetesse na prática a uma primazia, tal como a que foi aceite pelas igrejas uniatas… A respeito do protestantismo, a exigência máxima da Igreja Católica seria que os ministros eclesiásticos protestantes fossem considerados como totalmente inválidos e que os protestantes se convertessem ao catolicismo… nenhuma das máximas soluções oferecem qualquer esperança de unidade.”5
Já temos demonstrado ― mas era necessário citá-lo aqui novamente ― que Bento XVI menciona especificamente e, logo a seguir, rejeita abertamente o ensinamento tradicional da Igreja Católica de que os protestantes e os cismáticos orientais devem ser convertidos à fé católica e aceitar o Vaticano I (“todo o âmbito da definição de 1870”) para a unidade e a salvação. Ele rejeita especificamente que a definição dogmática do Concílio Vaticano I (aceitar o papado, etc.) é obrigatória para a unidade da Igreja. Além do facto de este ser outro exemplo claro da heresia manifesta dos antipapas do Vaticano II, isto prova que BENTO XVI (O HOMEM O QUAL ELES DIZEM SER O “PAPA”) NEGA PRECISAMENTE O MESMO DOGMA QUE SERVE DE FUNDAMENTO PARA ESTA OBJECÇÃO!
2. O papado perdurará para sempre
Concílio Vaticano I, Constituição Dogmática sobre a Igreja de Cristo, Sessão 4, Cap. 2: “O que Cristo Senhor, Príncipe dos pastores e Grande Pastor das ovelhas, instituiu no bem-aventurado Apóstolo Pedro para a perpétua salvação e para o bem perene da Igreja, mister é que dure perpetuamente por obra do mesmo Senhor na Igreja que, fundada sobre a pedra, permanecerá firme até à consumação dos séculos.”6
Sim, o que Cristo instituiu em São Pedro (i. e., O OFÍCIO DO PAPADO) tem necessariamente de permanecer até o fim dos tempos. O que é então o ofício papal? O ofício papal é o ofício de São Pedro exercido por todo verdadeiro e legítimo bispo de Roma. Isto significa e garante que cada vez que há um ocupante verdadeiro e válido do cargo, ele está dotado por Cristo com a infalibilidade (i. e., em sua capacidade docente autoritária e vinculativa), está dotado com a jurisdição suprema sobre a Igreja universal, e é efectivamente a cabeça visível da Igreja. Isto aplica-se a todo ocupante verdadeiro e legítimo do ofício papal até o fim dos tempos. Isto não quer dizer que a Igreja sempre terá um ocupante do cargo papal (como o provam a história da Igreja e as mais de 200 vacâncias papais), nem tampouco significa que seja impossível que um antipapa reine desde Roma (como foi o caso do antipapa Anacleto II, que reinou em Roma de 1130 a 1138). Esta definição não prova nada a favor dos anti-sedevacantistas, portanto, continuemos.
3. Pedro terá perpétuos sucessores em seu primado sobre a Igreja universal
Papa Pio IX, Concílio Vaticano I, Sessão 4, Cap. 2, [cânon]: “Se alguém, pois, disser que não é de instituição de Cristo mesmo, ou por direito divino que o bem-aventurado Pedro tenha perpétuos sucessores no primado sobre a Igreja universal; ou que o Romano Pontífice não é sucessor do bem-aventurado Pedro no mesmo primado, seja anátema.”7
Este é o cânon favorito daqueles que se opõem à “thesis” sedevacantista; não obstante, como veremos, também não prova nada a favor da posição mantida por eles. As palavras e as distinções são muito importantes. Entender as distinções e as palavras faz muitas vezes a diferença vital entre o protestantismo e o catolicismo.
O cânon do Vaticano I condena aqueles que negam “que Pedro tenha perpétuos sucessores no primado sobre a Igreja universal.” Note a frase “perpétuos sucessores NO PRIMADO.” Isto, como temos visto, não significa e não pode significar que sempre teremos um papa. Por isso não disse que “sempre teremos um papa.” É um facto que houve períodos sem um papa. Então, o que significa o cânon?
Para compreender este cânon, devemos recordar que há cismáticos que mantêm que, ao próprio São Pedro, foi dado por Jesus Cristo o primado sobre a Igreja universal, mas que o primado sobre a Igreja universal terminou com São Pedro. Eles mantêm que os bispos de Roma não são os sucessores no mesmo primado que teve São Pedro. Eles mantêm que a autêntica força do primado não descende aos papas, apesar de serem os sucessores de São Pedro como bispos de Roma. Mais uma vez: os “ortodoxos” cismáticos admitiriam que os bispos de Roma são sucessores de São Pedro de certo modo porque são sucessores como bispos de Roma, mas não são sucessores com a mesma primazia jurisdicional sobre a Igreja universal que teve São Pedro em sua vida. Esta é a heresia da qual trata o cânon acima citado.
Esta heresia ― que nega que um papa seja o sucessor de São Pedro no mesmo primado perpetuamente (isto é, cada vez que haja um papa até o fim dos tempos, ele será um sucessor no mesmo primado, com a mesma autoridade que teve São Pedro) ― é precisamente o que este cânon condena.
Papa Pio IX, Concílio Vaticano I, Sessão 4, Cap. 2, [cânon]: “Se alguém, pois, disser que não é de instituição de Cristo mesmo, ou por direito divino que o bem-aventurado Pedro tenha perpétuos sucessores no primado sobre a Igreja universal; ou que o Romano Pontífice não é sucessor do bem-aventurado Pedro no mesmo primado, seja anátema.”8
Quando entendemos bem isto, torna-se claramente visível qual é o significado deste cânon. Isto é enfatizado no final com as palavras “ou que o Romano Pontífice não é o sucessor do bem-aventurado Pedro no mesmo primado, seja anátema.” O cânon não está declarando que teremos sempre um papa ou que não haverá intervalos, como claramente os tivemos. O significado do cânon é claro no que diz. Condena aqueles que negam que Pedro tenha sucessores perpétuos no primado – isto é, aqueles que negam que cada vez que haja um verdadeiro e legítimo papa até o fim dos tempos, ele será um sucessor no mesmo primado, com a mesma autoridade de que São Pedro possuiu.
Este cânon não prova nada a favor dos anti-sedevacantistas, mas prova algo para nós. Lembre-se, Bento XVI também rejeita este dogma sobre o primado dos papas! [Embora a seguinte citação tenha sido escrita por Bento XVI quando era “cardeal,” não existe evidência de que como “papa” se tenha retractado do que disse quando era “cardeal,” portanto, presume-se que continua mantendo essa crença ou posição. Se deseja ver as heresias mais recentes durante o seu falso “pontificado,” leia a secção “As heresias de Bento XVI.”]
BENTO XVI REJEITA TOTALMENTE ESTE CÂNON E O VATICANO I
Bento XVI, Princípios de Teologia Católica, 1982, pág. 198: “Nem tampouco é possível, por outro lado, que se considere como a única forma possível e que, em consequência, seja vinculativa para todos os cristãos a forma que tomou esta primazia nos séculos XIX e XX [Nota do autor: isto significa que os cismáticos não precisam de aceitar o Vaticano I]. Os gestos simbólicos do Papa Paulo VI e, em particular, o haver se ajoelhado ante o representante do patriarca ecuménico [o patriarca cismático Atenágoras] foram um intento de expressar precisamente isto e, por tais gestos, indicar o caminho para sair do impasse histórico… Por outras palavras, Roma não deve exigir mais do oriente no que diz respeito à doutrina da primazia do que aquilo que fora formulado e vivido no primeiro milénio. Quando o Patriarca Atenágoras [o cismático não-católico], em 25 de Julho de 1967, por motivos da visita do Papa a Fanar, o designou como sendo o sucessor de São Pedro, como o mais estimado dentre nós, como um que preside na caridade, este grande líder da Igreja estava a expressar o conteúdo eclesial da doutrina da primazia como foi conhecida no primeiro milénio. Roma não tem por que pedir mais.”9
Isto significa, uma vez mais, que, segundo Bento XVI, todos os cristãos não estão obrigados a crer no papado tal como foi definido no Concílio Vaticano I em 1870. Isto significa que os “ortodoxos” cismáticos de facto podem rejeitar o papado. Isto é uma negação flagrante do Concílio Vaticano I e da necessidade de aceitar a primazia por parte daquele que afirma ser “o papa.” Quem clamará contra esta demência abominável?
Papa Pio IX, Concílio Vaticano I, 1870, Sessão 4, Cap. 3, ex cathedra: “… todos os fiéis de Cristo devem crer que a Santa Sé Apostólica e o Romano Pontífice possuem o primado sobre todo o mundo, e que o mesmo Romano Pontífice é sucessor do bem-aventurado Pedro, príncipe dos apóstolos, e verdadeiro vigário de Jesus Cristo e Cabeça de toda a Igreja… Além disso, ensinamos e declaramos que a Igreja Romana, pela disposição do Senhor, possui o principado de poder ordinário sobre todas as outras… Tal é a doutrina da verdade católica, da qual ninguém pode desviar-se sem que perca a fé e a sua salvação.”10
Além disso, note que Bento XVI reconhece que os gestos simbólicos de Paulo VI ao patriarca cismático “foram um intento de expressar precisamente isto,” isto é, seus gestos (tais como ajoelhar-se perante um representante não-católico, o patriarca cismático Atenágoras) significaram que os cismáticos não precisam de crer no papado e no Vaticano I! Considere isto como uma prova contundente de tudo o que temos dito a respeito dos gestos e atitudes incessantes de João Paulo II perante os cismáticos, por exemplo: dar-lhes relíquias; fazer-lhes doações; elogiar as suas “igrejas”; sentar-se em cadeiras ao mesmo nível que as deles; assinar declarações comuns com eles; levantar as excomunhões contra eles.
Nós mostrámos vezes sem conta que estas acções por si mesmas (nem sequer considerando suas outras declarações) constituem uma demonstração de que eles ensinam que os cismáticos não têm de aceitar o dogma do papado. Inúmeros falsos tradicionalistas e membros da Igreja do Vaticano II negam este facto e tratam de explicar tais gestos como meramente escandalosos ou algo do género, mas não heréticos. Bem, aqui temos Ratzinger ― agora Bento XVI, a nova “cabeça” da Igreja do Vaticano II ― admitindo precisamente o que temos dito.
Na secção sobre as heresias de Bento XVI, tratámos com grande detalhe as suas outras negações do Vaticano I. Não vamos repetir tudo aqui; por favor consulte a secção para mais a respeito.
Portanto, diga-me por favor, caro leitor: Quem na verdade nega o Concílio Vaticano I? Quem nega os dogmas sobre a perpetuidade, a autoridade e as prerrogativas do ofício papal? Quem nega o que Cristo instituiu em São Pedro? Por acaso são os sedevacantistas, que dizem acertadamente que aquela pessoa que nega o Vaticano I está fora da Igreja, fora da unidade ― uma vez que rejeita, entre outras coisas, o princípio perpétuo da unidade, que é o papado ― e, portanto, que essa pessoa não pode ser a cabeça da Igreja e ocupar um cargo no qual ela mesma não crê?
São Roberto Belarmino (1610), Doutor da Igreja: “Um Papa que é manifestamente um herege automaticamente deixa de ser Papa e Cabeça, tal como ele deixa automaticamente de ser cristão e um membro da Igreja. Por conseguinte, ele pode ser julgado e punido pela Igreja. Este é o ensinamento de todos os Padres da antiguidade que ensinam que hereges manifestos perdem automaticamente toda a jurisdição.”
São Francisco de Sales, Doutor da Igreja:
“De facto, seria um dos mais estranhos monstros que poder-se-ia alguma vez encontrar – se a cabeça da Igreja não fosse da Igreja.”11
Ou, por acaso, os verdadeiros negadores do papado e do Vaticano I não serão aqueles que professam a união com um indivíduo que claramente nem sequer crê no Concílio Vaticano I; um homem que nem sequer crê que o papado e o Vaticano I sejam obrigatórios para todos os cristãos; um homem que nem sequer crê que o papado era aceite no primeiro milénio?
A resposta é evidente para qualquer pessoa sincera e honesta que considere estes factos. É o antipapa Bento XVI, e todos os que obstinadamente persistem em manter-se em união com ele, quem negam o papado; os verdadeiros fiéis ao papado e à unidade da Igreja são os sedevacantistas.
1 Chris Ferrara, “Opposing the Sedevacantist Enterprise”, Catholic Family News, Agosto de 2005, pág. 19.
2 Chris Ferrara, “Opposing the Sedevacantist Enterprise”, Catholic Family News, pág. 19.
3 Denzinger 1821.
4 Decrees of the Ecumenical Councils, vol. 2, pág. 860.
5 Bento XVI, Principles of Catholic Theology, pp. 197-198.
6 Denzinger 1824.
7 Denzinger 1825.
8 Denzinger 1825.
9 Bento XVI, Principles of Catholic Theology, pág. 198.
10 Denzinger 1826-1827.
11 São Francisco de Sales, The Catholic Controversy, Tan Books, 1989, pág. 45.
Do livro: A Verdade sobre o que Realmente Aconteceu à Igreja Católica depois do Vaticano II
Francisco é uma abominação anti-Católica. Quem ainda não acordou, que acorde antes que seja tarde
Lucas G. 2 anosLer mais...É Verdade!!! Mosteiro da Sagrada família: Se aprendir bem com o Ir Pedro Dimond e Ir Miguel Dimond os quais concidero como Pais Espirituais,; um DOGMA é pra ser Obedecido...
Hernandes Moreira da Silva 2 anosLer mais...Obrigado por dizerem a verdade dos fatos.
Lucas Fernandes da Silva 2 anosLer mais...Sedevacantes tem razão
lp 2 anosLer mais...Este livro é um dos livros mais importantes do nosso tempo. Deus vos abençoe!
Gabriel 2 anosLer mais...Esta, sem dúvida alguma, é uma citação importantíssima. Ela demonstra que vossa posição sobre este ponto é exatamente a mesma de um Doutor da Igreja. Deus vos abençoe!
Gabriel 2 anosLer mais...Uau!
Adilio 2 anosLer mais...Abominação, cisma e Eresia. o que se poderia esperar de um demônio!!!
Hernandes Moreira da Silva 2 anosLer mais...Obrigada muito pela explicação detalhada! ;)
Vicky Timotê 2 anosLer mais...Salve Maria! É evidente que este diário é uma farsa. Essa freira foi excomungada 3 vezes, tendo seu manuscrito inserido ao livro do Indexx. O antipapa Paulo VI extinguiu o...
Deise Holanda 2 anosLer mais...