Antipapa Francisco: «Não Faz Diferença» Se Alguém é Católico

No dia 20 de Abril de 2014, o Antipapa Francisco enviou uma mensagem a Abuna Matthias, o cismático Patriarca da seita «Ortodoxa» etíope. Falando daqueles que tinham sido recentemente mortos, o Antipapa Francisco escreveu:

«Não faz diferença alguma que a vítima seja católica, copta, ortodoxa ou protestante. O seu sangue é um só na sua confissão de Cristo!»

Segundo o Antipapa Francisco, «não faz diferença alguma» se alguém é católico, protestante ou «ortodoxo». Isto é, obviamente, mais heresia patente proferida pelo antipapa. É mais uma rejeição pública do dogma definido Fora da Igreja Católica não Há Salvação (um dogma que foi definido inúmeras vezes). É também uma rejeição pública do dogma, declarado pelo Papa Eugénio IV no Concílio de Florença, que «ninguém, por mais esmolas que dê, ainda que derrame seu sangue pelo Nome de Cristo, pode salvar-se se não permanecer no seio e na unidade da Igreja Católica.»1 Segundo a Igreja Católica, faz toda a diferença se alguém é católico, protestante, ou «ortodoxo» cismático.

Tal como ensinou o Papa Pelágio II em 585: «Aqueles que não estiveram dispostos a estar de acordo na Igreja de Deus, não podem manter-se com Deus; apesar de entregues às chamas e fogos, eles queimarem, ou, atirados às bestas selvagens, darem as suas vidas, não haverá para eles aquela coroa da fé, mas a punição da infidelidade, não um resultado glorioso (de virtude religiosa), mas a ruína do desespero. Tal pessoa pode ser morta mas não pode ser coroada...»2 Isto é o que pessoas que professam a verdadeira fé sustentam e ensinam.

Mas para o herege Antipapa Francisco, não faz diferença alguma se uma pessoa crê ou não no ensinamento católico, se aceita ou não o Papado, etc. Isso é porque ele não é católico.

Para compreender o quão maligna é a sua declaração herética, considere o seguinte: Francisco está a ensinar que não faz diferença alguma se uma determinada pessoa derrama o seu sangue pela fé católica (a verdadeira fé) ou se é um protestante, que crê que o Papado é maligno e que a Eucaristia é idólatra, e morre por essa versão de «cristianismo».

Não, o sangue derramado por hereges, os quais negam e pervertem a verdadeira fé, não é o mesmo que o sangue derramado pelos verdadeiros fiéis. Hereges podem ser extremamente dedicados às suas heresias, até ao ponto de estarem dispostos a derramar o seu sangue por elas, e isso não lhes valerá de nada. É por isso que o falso ensinamento de Francisco acerca deste assunto é uma heresia horrível e uma blasfémia.

A declaração de Francisco prova, uma vez mais, o que já antes tinha sido firmemente estabelecido: que ele defende que a fé católica não tem sentido. A sua afirmação é também prova infalível adicional de que ele não é o papa, mas um antipapa não-católico e manifestamente herético.

A sua declaração também demonstra, uma vez mais, que ele não professa a fé católica, mas uma falsa fé. Somente aqueles que professam a verdadeira fé podem ser considerados membros da Igreja Católica. O cerne da questão não é só o Antipapa Francisco defender que não faz diferença alguma se uma pessoa é católica ou não, mas é também o facto de que todos os que o aceitam obstinadamente aderem a uma posição que resulta na mesma coisa.

Pois, como o nosso material prova, se você defende que a seita Vaticano II é a Igreja Católica, você acabará, sem escapatória, por professar que dogmas sobre o Papado, Salvação, unidade da Igreja, Magistério, infalibilidade, etc. não precisam ser aceites para que uma pessoa pertença à Igreja Católica, e que a negação pública e exterior destes dogmas na verdade constitui a profissão pública da verdadeira fé.

É por isso que os assim-chamados tradicionalistas que pensam que estão a lutar por aspectos da Tradição dentro da seita Vaticano II, enquanto reconhecem os antipapas pós-Vaticano II, estão bastante iludidos. Os seus esforços são vãos.

Santo Inácio (107 d.C.): «Não vos enganeis, meus irmãos, os que corrompem famílias não herdarão o Reino de Deus. E se aqueles que fazem tais coisas segundo a carne perecem, quanto mais os que corrompem pelo ensinamento perverso a fé de Deus, pela qual Jesus Cristo foi crucificado? Um homem tão impuro, irá para o fogo inextinguível; assim como também irá aquele que o escuta.» — Carta aos Efésios, cap. 16