1 Timóteo 4:1-5 — «Ora o Espírito diz formalmente que nos últimos tempos alguns apostatarão na fé, dando ouvido a espíritos enganadores e a doutrinas de demónios, seduzidos por mentirosos hipócritas, cuja consciência está marcada com ferro em brasa, que proíbem o matrimónio e o uso de alimentos, que Deus criou, para que, com acção de graças, participem deles os fiéis e aqueles que conhecem a verdade. Efectivamente, tudo o que Deus criou é bom, e não é para desprezar nada do que se toma em acção de graças, porquanto é santificado pela palavra de Deus e pela oração.»
Alguns protestantes citam 1 Timóteo 4:1-5 numa tentativa de refutar o ensinamento católico. Eles argumentam incorretamente que esta passagem identifica as crenças e práticas da Igreja Católica como «doutrinas de demónios». No entanto, eles falham totalmente em compreender a passagem. A passagem não se refere de modo algum ao ensinamento católico ou a leis disciplinares da Igreja Católica.
Existe um sentido definitivo desta passagem em 1 Timóteo 4. Esta refere-se às várias seitas dualistas que existiram ao longo da história cristã. Por exemplo, os gnósticos, os maniqueístas, os cátaros, etc. Eles acreditavam em dois deuses: um mau e um bom. Segundo eles, o deus mau era o deus da matéria e o deus bom era o deus do espírito. Eles desenvolveram uma teologia que era destrutiva para com qualquer uso de coisas materiais, num grau maior ou menor conforme a seita e o zelo dos seus seguidores. Portanto, eles proibiam o matrimónio, não comiam carnes e pregavam a pobreza (pois eles acreditavam que a posse de coisas materiais era maligna). Os mais devotos entre eles cometiam suicídio para acabar com a sua existência material. Não há dúvida de que essa passagem se refere aos dualistas, como um estudo da história cristã confirmará.
A Igreja Católica, por outro lado, não proíbe o matrimónio. O matrimónio é um dos sete Sacramentos. A Igreja também não proíbe nenhum alimento (excepto carne às sextas-feiras e em certos dias do ano por devoção ao Senhor). De facto, o Concilio de Florença declarou que «nenhum alimento, admitido pela sociedade, deve ser condenado».
Papa Eugénio IV, Concílio de Florença, Cantate Domino, 1441: «A Santa Igreja Romana firmemente crê, professa e proclama que “tudo o que Deus criou é bom, e não é para desprezar nada do que se toma em acção de graças” (1 Tim. 4:4), uma vez que, de acordo com a palavra do Senhor (Mateus 15:11), “não é aquilo que entra pela boca, que mancha o homem”; e declara que a diferença entre comidas da lei Mosaica pertence às cerimónias que, com a propagação do Evangelho, deixaram de existir e de serem eficazes. E declara também que a proibição dos Apóstolos para com “coisas imoladas aos ídolos, sangue e carnes sufocadas” (Actos 15:29) foi benéfica naquela altura em que uma Igreja se ergueu de entre os judeus e os gentios, que antes viviam de acordo com diferentes cerimónias e costumes, para que até os gentios observassem algumas coisas em comum com os judeus, e a ocasião surgiu para que se juntassem num só louvor de Deus e numa só fé, removendo, assim, matéria para divergências, posto que para os judeus, por motivo de um antigo costume, sangue e carnes sufocadas eram para eles abomináveis e eles poderiam pensar que os gentios voltariam à idolatria por comer coisas sacrificadas. Mas desde que a religião cristã propagou-se de tal modo que nenhum judeu segundo a carne se encontra nela, mas passando todos para a Igreja, juntam-se todos nos mesmos ritos e cerimónias do Evangelho, crendo que “para os puros todas as coisas são puras” (Tito 1:15), com o fim da causa desta proibição Apostólica, cessou também o seu efeito. Portanto, ela declara que a natureza de nenhum alimento, admitido pela sociedade, deve ser condenada e nenhuma distinção que seja deve ser feita, seja por homem ou por mulher, entre animais e entre as quaisquer formas com que estes mesmos sejam mortos; no entanto para a saúde do corpo, para o exercício da virtude, por disciplinas regulares e eclesiásticas, muitas destas coisas não proibidas devam ser dispensadas, pois, de acordo com o Apóstolo, “tudo me é permitido, mas nem tudo convém” (1 Coríntios 6:12; 10:22).»
Os hereges dualistas, por outro lado, que de facto proibiam o matrimónio e abstinham-se de carnes, surgiram vezes consecutivas. Eles tornaram-se um problema tão grande na Idade Média, que a guerra contra os hereges cátaro-dualistas em 1208 foi chamada de cruzada pelo Papa Inocêncio III (Carroll, A History of Christendom, Vol.3, p. 175.). Portanto, a passagem não se refere de forma alguma a ensinamento ou práticas católicas. Claro que o ensinamento da Igreja Católica de que o celibato é, em si mesmo, superior ao estado matrimonial (uma verdade refletida na disciplina do celibato dos clérigos) é o ensinamento da própria Bíblia.
Este é também o ensinamento dos Padres da Igreja Cristã. De facto, a rejeição do ensinamento bíblico e patrístico acerca do celibato por parte do protestantismo é mais uma prova de que o protestantismo não é verdadeiro cristianismo. Na Primeira Epístola aos Coríntios, Capítulo 7, São Paulo ensina claramente que o celibato é superior ao matrimónio, providenciando uma forte refutação da negação desta verdade por parte dos protestantes.
1 Coríntios, Cap. 7 — «Quanto àquelas coisas sobre que me escrevestes, (digo que) é bom para o homem não tocar mulher; mas, por causa da fornicação, cada um tenha a sua mulher, e cada uma tenha o seu marido… Mas digo-vos isto por condescendência, não por mandamento. Porque eu queria que todos fossem como eu [solteiro]; porém, cada um tem de Deus o seu próprio dom: um de um modo, e outro de outro. Digo aos não casados e às viúvas que lhes é bom permanecer assim, como também eu...
Mas, se algum julga que parece ser desonra, quanto a sua filha donzela, o ir-lhe passando a flor da idade, e que assim convém fazer-lhe o casamento, faça o que quiser; não peca, se ela se casar.
Mas o que resolveu firmemente dentro de si, não o obrigando a necessidade, mas podendo dispor à sua vontade, e determinou no seu coração conservar virgem a sua (filha) faz bem. Aquele, pois, que casa a sua filha (virgem) faz bem; o que a não casa, faz melhor.»
Tal como estes factos demonstram, a afirmação dos protestantes de que 1 Timóteo 4:1-5 refere-se ao ensinamento católico é totalmente errada. É também outro exemplo de como eles dão mau uso às Escrituras e as distorcem para a sua própria destruição.
Desde quando a Igreja Romana é santa??? éla nada mais é, que a grande prostituta a qual é comentada em apocalipse, esse sistema religioso é maligno, o papado veio para cumprir a vontade do anticristo, que está as portas a igreja romana devia ter vergonha de falar o Nome do Deus Vivo, pois matou milhões de pessoas na “santa inquisição” espero que a tempo Deus abra os olhos dos verdadeiros cristãos que estão dentro dela para que fujam da babilônia…
Vocês falam que nós distorcemos as escrituras, quanta ignorância, nós pregamos a verdade, não ficamos enganando o povo com mentiras e doutrinas de demônio…
A Igreja Católica é claramente a igreja verdadeira e bíblica fundada por Cristo (confira: A Bíblia Prova os Ensinamentos da Igreja Católica). A Prostituta da Babilónia é na verdade a falsa igreja que surge no fim dos tempos, rejeita os ensinamentos da verdadeira Igreja e faz-se passar por ela ocupando as suas construções. É necessário que se converta à fé católica para poder salvar-se. Fora desta fé não há salvação.